Internacional
Senador americano quer recompensa de US$ 100 milhões por Maduro
Senador Rick Scott propõe aumento da recompensa por informações e a prisão do ditador venezuelano Nicolás Maduro
O senador republicano Rick Scott apresentou um novo projeto de lei, denominado “Lei Stop Maduro”, visando elevar significativamente a recompensa oferecida por informações que levem à prisão do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, líder do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). A proposta sugere aumentar o valor da recompensa de US$ 15 milhões (equivalente a R$ 82,7 milhões na cotação atual) para US$ 100 milhões (aproximadamente R$ 551 milhões). O texto completo da proposta está disponível em inglês (PDF – 33 kB).
A medida de Scott prevê que o pagamento da recompensa seja feito com recursos provenientes de bens já confiscados de Maduro pelas autoridades norte-americanas. Em setembro, o governo dos Estados Unidos confiscou uma aeronave utilizada pelo presidente venezuelano, o que faz parte de uma série de sanções impostas ao regime de Caracas.
De acordo com Scott, a proposta se baseia em informações fornecidas por um procurador federal dos EUA, que atua no sul da Flórida. Ele afirmou que as autoridades americanas já apreenderam cerca de US$ 450 milhões em ativos pertencentes a Maduro. O projeto conta com o apoio de outros congressistas, como Mario Diaz-Balart e Debbie Wasserman Schultz.
“Em 2020, o governo Trump tomou a decisão correta ao oferecer uma recompensa de até US$ 15 milhões, mas chegou o momento de elevar o valor. Minha proposta aumenta significativamente a recompensa máxima”, declarou Scott.
Relações EUA-Venezuela
As relações entre os Estados Unidos e a Venezuela piorou ainda mais desde as eleições presidenciais venezuelanas de 28 de julho deste ano. O governo americano foi um dos primeiros a questionar o resultado anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que declarou a vitória de Nicolás Maduro.
Desde então, Washington intensificou as sanções contra o regime venezuelano, especialmente após o regime de Maduro não ter divulgado as atas que comprovariam o resultado das eleições, gerando mais desconfiança sobre a legitimidade do processo eleitoral.