Politíca
Tensão no PT de João Pessoa: Lideranças Divergem sobre Apoio no Segundo Turno
Em um cenário político conturbado na capital paraibana, o advogado e presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) em João Pessoa, Marcus Túlio, manifestou sua preocupação e descontentamento após a decisão de membros proeminentes do partido de permanecerem neutros no segundo turno das eleições municipais. O deputado estadual e ex-prefeito Luciano Cartaxo, derrotado no primeiro turno, e o ex-governador Ricardo Coutinho, ambos figuras de destaque no PT, optaram por não apoiar oficialmente a candidatura à reeleição de Cícero Lucena (PP), que enfrenta o candidato bolsonarista Marcelo Queiroga (PL).
Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM, na manhã desta segunda-feira (14), Marcus Túlio não apenas criticou a posição dos dois líderes, mas também lançou um alerta sobre as potenciais consequências políticas dessa neutralidade. Durante a conversa, ele enfatizou que, embora não espere sanções disciplinares contra Cartaxo e Coutinho, as decisões políticas tomadas agora podem repercutir no futuro do partido e nas disputas eleitorais seguintes.
“Eu não acredito em sanções disciplinares. Acho que você está se referindo a sanção, com ‘s’. No entanto, acredito que toda decisão política tem suas consequências. A omissão em uma eleição, especialmente em um contexto tão polarizado, pode trazer reações negativas. Quando se fica em cima do muro, arrisca-se ser atacado por ambos os lados”, afirmou Túlio, ressaltando a complexidade e a dinâmica do jogo político atual.
A escolha do PT em João Pessoa de não se alinhar claramente a um lado nesse segundo turno levanta questões sobre a unidade e a estratégia do partido em um momento crucial. Com a polarização aumentando e as eleições municipais se aproximando, a postura de figuras influentes como Cartaxo e Coutinho pode influenciar a percepção do eleitorado e os rumos futuros da legenda. A tensão interna no partido pode ser um indicativo de desafios a serem enfrentados, não apenas nas eleições atuais, mas também em futuras articulações políticas.