Segurança Pública
Cendac entrega certificados do curso de Atendente de Farmácia e realiza palestra sobre abuso e exploração sexual infantojuvenil
O Centro de Apoio à Criança e ao Adolescente (Cendac) encerrou a segunda turma do curso profissionalizante de Atendente de Farmácia, com a entrega dos certificados aos alunos.
O curso teve a carga horária de 80h sendo realizado em convênio com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh).
“Hoje, entregamos certificados para 25 pessoas, que concluíram o curso profissionalizante de Atendente de Farmácia, realizado pelo Cendac. Sabemos que existem vagas no mercado de trabalho, mas algumas vezes, as pessoas não têm a qualificação exigida. Nesse sentido, o Cendac busca sempre ofertar cursos de capacitação, com professores experientes, para inserir os alunos no mercado de trabalho de maneira qualificada”, afirmou a presidente do Centro, Valquíria Alencar.
Palestra – Além do recebimento dos certificados, os alunos participaram da palestra “Meu corpo não é mercadoria”, com a advogada Laryna Lacerda, do Centro da Mulher 8 de março, sobre o combate ao abuso e à exploração sexual infantojuvenil. A advogada informou sobre como identificar, prevenir e denunciar esses crimes na Paraíba e as leis, que foram elaboradas a partir da mobilização dos movimentos sociais brasileiros na defesa dos direitos das crianças e adolescentes. “O Centro da Mulher 8 de março coordena o disque 155 na Paraíba, onde a pessoa que souber que alguma criança ou adolescente está sendo vítima de abuso, ou exploração sexual infantojuvenil pode ligar, de maneira anônima, que uma equipe especializada irá orientar e encaminhar sobre as medidas cabíveis”, explicou.
Assim como a violência contra as mulheres, o abuso sexual também apresenta índices preocupantes: 82,6% dos casos ocorrem em casa e atingem, em sua maioria, meninas. Há ainda o recorte étnico-racial e de classe, segundo a advogada, em que crianças pobres e negras, são as principais vítimas desse tipo de crime no Brasil. “70% das vítimas enfrentam alguma vulnerabilidade social”, disse a advogada.
“Além de qualificar para o mercado de trabalho, o Cendac tem esta preocupação em mobilizar os alunos dos cursos e os professores, como também nossa equipe, sobre temas sociais como esse, para que essas pessoas saibam identificar quando alguma criança, adolescente ou mulher, esteja em situação de violência e acione a polícia e os serviços especializados na Paraíba para ajudá-los”, explicou Valquíria Alencar.
A advogada Laryna Lacerda informou quais os meios as pessoas podem utilizar para denunciar crimes de abuso e exploração sexual infantojuvenil: Disque 100, Conselho Tutelar, Polícia Civil e delegacias especializadas, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal (para flagrantes de situação nas BRs), e na internet, através da ONG Safernet, no endereço: https://new.safernet.org.br/helpline?gad_source=1&gclid=Cj0KCQiAsOq6BhDuARIsAGQ4-zgDHho5VhDlJnjExc9b5SAnT13YCkOHyo44__I-c0ujqwNT2qHiUGwaArxzEALw_wcB.