Politíca
O fim do SPVAT: alívio ou descaso?
Sabe aquela novela que ninguém aguenta mais assistir, mas todo mundo tem que acompanhar porque impacta o bolso? Pois é, a Câmara dos Deputados resolveu cancelar o Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT), que ia voltar em 2025. O que era uma medida dada como certa acabou virando pó depois de muita treta entre deputados e o governo federal.
Quem saiu comemorando como se tivesse marcado um gol de placa foi o deputado paraibano Cabo Gilberto Silva, do PL. O cara não perdeu tempo e já soltou nas redes sociais que essa foi uma vitória da oposição.
O seguro, que tinha sido sancionado por Lula lá em maio, tava na mira de todo mundo. Parlamentares e até governadores estavam surtados com a ideia. A justificativa era aquela de sempre: mais custos para o povo. E aí, no meio das negociações sobre o pacote de ajuste fiscal, rolou o famoso “toma lá, dá cá”. Revogaram o SPVAT e ainda deram uma podada nos bloqueios de emendas parlamentares. Fala sério, política no Brasil é um grande jogo de xadrez onde a gente é sempre o peão.
Agora, vem o caos. Como vai ficar a proteção das vítimas de acidentes de trânsito? Ninguém sabe. O governo e o Congresso vão ter que inventar alguma coisa, mas a real é que isso pode acabar empurrado com a barriga. Enquanto isso, quem se lascar na estrada vai depender de sorte ou de Deus, porque o sistema de indenização tá no limbo.
Pra quem aplaudiu o fim do SPVAT, isso foi um golaço contra mais uma tentativa de arrancar dinheiro da população. Mas tem aquele lado, né? E as vítimas? Ficam desprotegidas? A discussão foi resumida a “não queremos mais taxas”, mas e o resto da história?
Mais uma vez, o Congresso mostra que decisões rápidas nem sempre levam em conta as consequências a longo prazo. Um alívio no bolso hoje pode ser um rombo na vida de quem sofrer um acidente amanhã. Mas, claro, a política não é sobre cuidar de gente. É sobre quem grita mais alto e garante a melhor manchete e uma conta bancária recheada, é só dizer “SIM” para o governo.