Judiciário
Daniel Silveira solto de novo: liberdade condicional com tornozeleira de grife e manual de bom comportamento
Alexandre de Moraes jogou mais uma bomba no ventilador da política brasileira. O ministro do STF decidiu dar liberdade condicional ao ex-deputado Daniel Silveira, aquele que virou sinônimo de confusão com suas declarações absurdas e provocações explícitas contra a democracia e o Supremo. Silveira, que foi condenado em 2022 a quase nove anos de prisão, agora está solto, mas com um “kit restrição” completo: tornozeleira eletrônica, veto às redes sociais, nada de entrevista sem permissão judicial e recolhimento domiciliar nos horários mais chatos.
Moraes fez questão de colocar várias travas na liberdade do ex-parlamentar. Silveira está oficialmente fora dos bares, boate, clube de tiro e qualquer outro lugar que, convenhamos, combina com o perfil polêmico dele. Nem contato com outros investigados ele pode ter. É quase um reality show judicial: liberdade vigiada 24 horas.
A justificativa de Moraes? O homem se comportou bem na cadeia e já cumpriu um terço da pena. Ok, faz sentido. Mas o ministro, que não dá ponto sem nó, reforçou que a gravidade dos crimes e o histórico de desacato às regras anteriores justificam uma lista de condições que mais parece um manual de sobrevivência na liberdade condicional.
A sociedade, claro, está dividida. Tem quem aplauda, dizendo que todos merecem uma segunda chance e que a medida é um passo para a reintegração social. Por outro lado, os críticos estão com sangue nos olhos. Para eles, deixar Silveira andar solto (mesmo com tornozeleira) é um sinal preocupante de que as instituições podem estar sendo tolerantes demais com quem flertou com o autoritarismo e zombou das bases democráticas.
Mas vamos encarar os fatos: Silveira não é um réu comum. Ele representa uma figura que testou os limites da lei e da paciência do STF. E agora? Será que ele vai cumprir as condições ou transformar isso num novo espetáculo midiático? A história recente não inspira muita confiança.
Essa decisão também traz à tona uma discussão que não acaba nunca: até onde vai a liberdade de expressão? Quando ela vira discurso de ódio ou ataque direto às instituições democráticas? A linha é fina, e o caso Silveira só deixa isso mais evidente.
A verdade é que Alexandre de Moraes deu um voto de confiança, mas com um pé atrás. E com razão. Se Silveira vacilar de novo, o STF não vai hesitar em puxar a coleira. Por enquanto, é esperar para ver como essa novela vai se desenrolar. Uma coisa é certa: o palco político brasileiro nunca fica sem drama.