Nacional
Lula quer colher em 2025, mas esqueceu que parte foi queimada em 2024
Olha só, o governo tá todo confiante em 2025, como se fosse o ano da grande safra. “Plantamos em 2023 e 2024, agora é colher os frutos!”, dizem por aí. Frutos? Só se forem os podres que ficaram pra trás, porque boa parte dessa lavoura foi devastada. Culpa de pragas, estiagem? Não. Foi má gestão mesmo. E agora querem fazer milagre pra salvar o que sobrou.
A tão falada âncora fiscal, que era pra segurar o barco, virou peso morto. O navio tá à deriva, e 2025 promete mares turbulentos. O governo vive repetindo o mantra: PIB crescendo mais que o esperado, inflação controlada, recorde de empregos. Só que, enquanto isso, no supermercado, o preço só sobe. Carne? Virou artigo de luxo. Frango? Tá quase seguindo o mesmo caminho. Meta de inflação? Foi pro espaço. O dólar? Correndo solto.
E o brasileiro? Tá sufocado. Pesquisa da Quaest, feita no fim do ano, jogou na cara a realidade: 78% do povo sentiram o peso do aumento nos alimentos em novembro. Mais de 80% acham que o dólar alto vai ferrar ainda mais as contas. Mas no vídeo oficial de fim de ano, o governo bate na tecla de “inflação controlada”. Parece brincadeira.
2024 tá encerrando com planilhas bonitas e uma realidade desastrosa. A confiança do mercado? No chão. A confiança da população? Mais, no fundo, ainda. O ajuste fiscal prometido? Não veio. A dívida pública? Fugiu do controle. E o Banco Central, sem saída, aumentou os juros. A Selic deve dar mais um salto até março de 2025. A ideia é segurar a inflação, mas o custo vai cair no colo de quem já tá no sufoco: menos emprego, menos crescimento, menos dinheiro no bolso.
Se 2025 não virar um desastre completo, Lula vai precisar tomar decisões duras. E quando digo duras, são daquelas que ele sempre evitou. Cortar gastos, peitar aliados, aprovar medidas impopulares. O discurso de estabilidade já não cola mais, o mercado quer ação. E rápido.
O presidente até deu os holofotes pra Gabriel Galípolo, novo chefe do Banco Central, numa tentativa de acalmar os ânimos. Mas o mercado já tá cansado de promessas vazias. Querem resultados. Só que, pelo andar da carruagem, o governo parece mais preocupado em ajeitar a propaganda do que as contas.
O vídeo de fim de ano fechou com a frase: “Não vamos parar enquanto a melhora da economia não chegar à sua vida e à de sua família.” Sabe o que isso significa? Que, até agora, não chegou. E o povo tá começando a se perguntar se algum dia vai chegar.
2025 vêm aí. Será que o governo vai conseguir limpar a bagunça de 2024 e entregar algo além de discurso? Ou será só mais um ano de promessas vazias e contas cada vez mais caras? A resposta tá na mesa, mas o cardápio, até agora, é só de dívidas.