Nacional
Senadores só trabalharam 1 dia, mas já foram ressarcidos em ‘despesas’ de R$2,7 milhões

O Senado teve só um único dia de trabalho nos dois primeiros meses de 2025, mas senadores já conseguiram drenar para seus bolsos mais de R$2,7 milhões em “ressarcimento de despesas” por meio da “Cota para Exercício da Atividade Parlamentar, o “cotão”, malandragem criada para turbinar os salários de suas excelências. O ano legislativo nem começou, não há projetos aprovados, nem mesmo o Orçamento de 2025, mas eles obtiveram ressarcimento de R$763,4 mil em despesas com… gasolina.
Adoram viajar
Só em passagens foram R$300,1 mil este ano. O líder do governo Lula, Randolfe Rodrigues (PT-AP) gastou R$54,1 mil por nossa conta.
Minha imagem primeiro
A “divulgação da atividade parlamentar”, gastos com propaganda dos senadores, assessorias, gráficas etc, custaram exatos R$437.339,03.
Jeitinho
O cotão parlamentar (entre R$26,3 mil e R$55,4 mil por mês, a depender do Estado do senador) banca contas diversas, do cafezinho a aluguéis.
Muito mais gasto
O salário dos senadores, ajustado este mês, é de R$46,3 mil, além de terem outros R$133,1 mil por mês para pagar assessores do gabinete.
Rombo pode impedir Correios de honrar obrigações
O rombo de R$3,2 bilhões nas contas dos Correios em 2024, o maior de sempre, superando o prejuízo de R$2,1 bilhões de 2015, equivale a metade do déficit total das 20 estatais federais em princípio não dependentes do Tesouro Nacional, que chegou a R$6,3 bilhões. Com o possível rombo de R$5 bilhões em 2025, considerando o prejuízo de R$1 bilhão nos dois primeiros meses, a situação atinge nível desesperador, após a própria direção dos Correios admitir o risco de “insolvência”.
Calote pode vir aí
Ao admitir risco de insolvência em documentos internos, os Correios sinalizam eventuais dificuldades de honrar suas obrigações.
Mão boba no bolso
Para honrar suas obrigações, a estatal necessitaria de medidas drásticas ou “intervenção externa”, isto é, o bolso de quem paga impostos.
Gestão patinando
Os Correios adotaram um teto de gastos, suspenderam contratações temporárias e buscaram renegociar contratos. Mas o rombo continua.