Segurança Pública
Misterioso caso de furto na casa de Emerson e Jane Panta pode ser arquivado sem respostas

Por Roberto Tomé
Algo estranho paira sobre o caso do arrombamento e furto na residência do ex-prefeito de Santa Rita, Emerson Panta, e sua esposa, a deputada estadual Jane Panta. Depois de mais de um ano de investigações, o enigma parece estar próximo de um desfio sem respostas concretas. A Delegacia de Polícia Civil, sob a liderança da delegada Cristiane Silva Medeiros, já sinalizou não haver elementos suficientes para seguir adiante com a apuração, e o caso pode simplesmente ser arquivado.
Mas a pergunta que não quer calar: como um crime tão audacioso, cometido contra figuras públicas influentes, pode simplesmente ficar sem solução?
O crime e a precisão cirúrgica dos criminosos
Foi na noite de quarta-feira de Cinzas, em 14 de fevereiro do ano passado, que a ação meticulosa aconteceu. Os criminosos sabiam exatamente quando agir. Aproveitando o feriado de Carnaval e a ausência do casal, invadiram a residência com um plano aparentemente bem arquitetado.
A cena deixada para trás era digna de um roteiro de suspense: uma janela quebrada, objetos espalhados e dois cofres arrombados com precisão. Entre os itens furtados, estava uma pistola. 40 pertencente à Polícia Civil da Paraíba, munições, iPhones, joias e relógios de grifes famosas como Tommy Hilfiger e Lacoste. Mas o que intriga é a escolha dos alvos dentro da casa: como os criminosos sabiam exatamente onde estavam os itens mais valiosos? Foi um golpe premeditado ou um simples acaso?
Uma investigação sem respostas
A delegada Cristiane Silva Medeiros conduziu o inquérito, mas, apesar do acesso às imagens de segurança, nenhuma pista concreta foi encontrada. O silêncio das investigações contrasta com a ousadia do crime. A quem interessaria que esse caso permanecesse sem solução?
O Ministério Público da Paraíba ainda não se manifestou oficialmente sobre o arquivamento, mas os indícios apontam para um desfecho sem culpados, sem prisões e, principalmente, sem explicações. A pergunta que ecoa entre os moradores e analistas de segurança é: a falta de respostas é consequência da complexidade do crime ou da falta de interesse em desvendá-lo?
A pistola roubada e o mistério dos cofres
Um detalhe particularmente intrigante é o destino da pistola. 40, um armamento de uso restrito, registrado em nome de Emerson Panta por seu trabalho como médico legista da Polícia Civil. A pistola e suas munições simplesmente desapareceram. Nenhuma pista, nenhum suspeito, nenhum rastro.
Além disso, os criminosos não levaram nenhum objeto ao acaso. O furto dos relógios, joias e aparelhos eletrônicos sugerem um conhecimento prévio do que havia na casa. Como eles souberam onde estavam os cofres? Como puderam agir sem levantar suspeitas? O crime foi encomendado? Alguém de dentro da residência pode ter passado informações?
O arquivamento e o sabor amargo da impunidade
Se for de fato arquivado, o caso pode entrar para a lista de crimes sem solução que desafiam a lógica e geram desconfiança. A residência do casal era equipada com câmeras e, ainda assim, os criminosos conseguiram agir sem deixar rastros. A cidade, acostumada com escândalos políticos e crimes mal explicados, agora encara mais um episódio nebuloso.
O arquivamento dessa investigação, sem qualquer explicação convincente, levanta um questionamento incômodo: será que todos os esforços foram realmente feitos para solucionar o caso? Ou haveria algo a mais por trás desse mistério? As dúvidas permanecem e, ao que tudo indica, continuarão sem resposta.
Com a palavra o fantasma da meia-noite…