Segurança Pública
Conheça as aeronaves que formam os pilotos da Força Aérea Brasileira! Descubra como o T-25 Universal e o T-27 Tucano são fundamentais no treinamento dos futuros aviadores militares
O T-25 e o T-27 são essenciais na formação dos pilotos da Força Aérea Brasileira! Com velocidades de até 500 km/h, essas aeronaves garantem um treinamento eficiente e avançado na AFA

A jornada para se tornar um piloto militar da Força Aérea Brasileira (FAB) envolve anos de intenso treinamento técnico e operacional. Para garantir que os cadetes adquiram as habilidades necessárias para sua atuação na aviação, a Academia da Força Aérea (AFA) utiliza duas aeronaves de instrução fundamentais: o T-25 Universal e o T-27 Tucano. Cada uma delas desempenha um papel essencial na preparação dos futuros Oficiais Aviadores da FAB.
T-25 Universal: O primeiro contato com a aviação militar
O T-25 Universal, desenvolvido pela Indústria Aeronáutica Neiva, é a primeira aeronave pilotada pelos cadetes ao ingressarem no Segundo Esquadrão de Instrução Aérea (2º EIA) da AFA. Esse monomotor de asa baixa foi projetado para proporcionar uma transição segura ao ambiente da aviação militar. Equipado com um motor de 300 HP e capaz de atingir uma velocidade de cruzeiro de aproximadamente 200 km/h, o T-25 permite que os alunos desenvolvam habilidades essenciais, como controle da aeronave, navegação e execução de manobras básicas. Durante essa fase, os cadetes acumulam cerca de 35 horas de voo, incluindo os primeiros voos solo.
O Major Aviador João Mário Fernandes dos Santos, Comandante do 2º EIA, ressalta a importância do T-25 na formação inicial dos cadetes: “O T-25 é a base do aprendizado dos futuros pilotos. Ele permite que os cadetes se adaptem aos desafios da pilotagem, estabelecendo os fundamentos que serão desenvolvidos ao longo de suas carreiras. Sua robustez e confiabilidade fazem dele a aeronave ideal para o treinamento na AFA.”
T-27 Tucano: O passo final na formação dos pilotos
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Após assimilarem os fundamentos da aviação militar no T-25, os cadetes avançam para o treinamento no T-27 Tucano, conduzido pelo Primeiro Esquadrão de Instrução Aérea (1º EIA). Fabricado pela Embraer, o T-27 é um turboélice reconhecido por sua performance e confiabilidade, sendo utilizado por diversas forças aéreas ao redor do mundo tanto para treinamento avançado quanto para missões operacionais.
Com capacidade de atingir velocidades de até 500 km/h, essa aeronave proporciona aos cadetes uma experiência de voo mais dinâmica e desafiadora. Além disso, conta com instrumentação moderna e um cockpit semelhante ao de aeronaves de alto desempenho, preparando os futuros pilotos para operações mais complexas, como missões táticas e manobras avançadas.
O Major Roberto Matiolli Júnior, Comandante do 1º EIA, destaca a importância dessa fase do treinamento: “O T-27 proporciona instruções cada vez mais especializadas, permitindo que os cadetes enfrentem condições de voo realistas e desafiadoras. Para complementar essa formação, utilizamos simuladores de voo, que possibilitam o treinamento em cenários controlados, preparando os cadetes para situações reais que enfrentarão ao longo de suas carreiras.”

A progressão no treinamento da Força Aérea Brasileira e sua importância
A transição do T-25 para o T-27 é um processo estruturado que visa garantir a evolução gradual das habilidades dos cadetes da AFA. Esse método progressivo permite que os futuros pilotos desenvolvam confiança e aperfeiçoem suas capacidades antes de ingressarem nas unidades operacionais da Força Aérea Brasileira.
Após quatro anos de formação, os cadetes tornam-se aviadores da Força Aérea Brasileira e seguem para especializações específicas, como Caça, Asas Rotativas, Transporte ou Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR), em cursos realizados em Natal (RN). O uso do T-25 e do T-27 na formação desses pilotos assegura que eles estejam plenamente preparados para os desafios da defesa do espaço aéreo brasileiro ao longo de suas carreiras.