CIÊNCIA & TECNOLOGIA
Como diagnosticar se seu dispositivo móvel está infectado com malware
Em tempos remotos, era sumariamente impossível não perceber caso um vírus infectasse o seu computador. Nos anos 1980 e 1990, os malwares eram bastante simples e grande parte deles era construída com o único objetivo de infernizar a vida do usuário — logo, ao contrair um desses códigos maliciosos, você provavelmente seria bombardeado com telas contendo mensagens assustadoras e outros sinais claros de que algo estava errado. Infelizmente, os tempos mudaram e as coisas já não são bem assim.
Hoje em dia, um malware construído apropriadamente é aquele que faz de tudo para se manter oculto no dispositivo afetado. O objetivo dele não é zombar da sua cara ou atrapalhar seu trabalho, mas sim roubar dados de maneira furtiva: capturando as informações que são digitadas em um formulário, mandando seus arquivos para uma central de comando e controle (C&C), usando o microfone para gravar os áudios ao redor ou até mesmo usufruindo de seu poder computacional para minerar criptomoedas.
Claro, os antivírus continuam aí justamente para detectar a presença desses vírus e eliminá-los o mais rápido possível. Porém, segurança cibernética é um jogo de gato e rato. Nem sempre uma solução de proteção será capaz de identificar um malware que seja realmente bem construído — isso, é claro, sem contar a rara (porém existente) possibilidade de você ser vítima de uma cepa inédita, cuja assinatura ainda não foi identificada por nenhum pesquisador e para a qual não existe uma “vacina”.
Para piorar ainda mais a situação, precisamos levar em conta que, nos dias atuais, os dispositivos móveis são os principais alvos dos criminosos cibernéticos. Afinal, usamos nossos celulares para tudo — nos comunicarmos com pessoas próximas, realizar transações bancárias, armazenar fotografias e assim por diante. Daí surge a dúvida: como diagnosticar um smartphone ou tablet infectado com um malware? Não há uma receita de bolo, mas o Canaltech separou algumas dicas que podem ser bastante úteis.
1) Seu dispositivo está (muito) lento
É normal que os dispositivos móveis fiquem mais lentos com o passar do tempo. Você instala uma quantidade cada vez maior de aplicativos, enche a memória com arquivos e se diverte com joguinhos que exigem bastante do processador e da memória RAM. Porém, se o seu gadget começou a apresentar lentidão excessiva do dia para a noite, é melhor ficar atento — isso é um típico sinal de que ele pode estar infectado com um vírus silencioso, que rouba o poder de processamento e ocupa espaço na memória RAM para finalidades maléficas.
2) Sua bateria está durando (muito) menos
Novamente — é perfeitamente comum que a fonte de energia dos nossos dispositivos móveis percam a autonomia que elas possuíam quando você tirou o gadget da caixa. Afinal, baterias de lítio possuem um ciclo de vida pré-determinado; ademais, alguns aplicativos benignos podem rodar em segundo plano sem que você perceba, drenando a eletricidade do smartphone ou tablet. Porém, ao perceber que a autonomia do seu eletrônico apresentou uma queda drástica, vale a pena investigar se não há algo de errado. Quase todo celular moderno possui um indicador que exibe quais aplicativos estão consumindo mais energia; vale a pena checar essa ferramenta para encontrar eventuais invasores no produto.
3) A temperatura anda subindo demais
Alguns celulares viraram piada no mercado por conta do aquecimento excessivo — é o caso dos modelos Xperia Z3 Plus e Z4, da Sony. Eles emitiam tanto calor “à toa” que a empresa precisou emitir um pedido de desculpas formal. Tratam-se, porém, de raras exceções: no geral, um smartphone não deve ser tão quente a ponto de incomodar o usuário, mesmo quando estiver efetuando tarefas de alto processamento, como a execução de jogos com gráficos de ponta ou gravação de vídeos na qualidade 4K.