Internacional
Zona do euro entra em recessão no primeiro trimestre de 2021
PIB da região encolhe 0,6% no período. Segunda queda trimestral consecutiva é impulsionada por lento avanço da vacinação e prolongados lockdowns. Na Alemanha, recuo é de 1,7%. França cresce 0,4%
A economia da zona do euro entrou em recessão pela segunda vez em menos de um ano no primeiro trimestre de 2021, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (30/04). O lento avanço da vacinação no bloco e os prolongados lockdowns para conter a pandemia de covid-19 impulsionaram a queda na economia europeia.
De acordo com a agência de estatísticas Eurostat, o Produto Interno Bruto (PIB) dos 19 países da zona do euro encolheu 0,6% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o trimestre anterior, quando o recuo foi de 0,7%. Esse foi o segundo trimestre seguido de queda, o que configura recessão para a zona do euro como um todo.
A queda foi menor do que o 1% esperado por economistas, mas ainda está longe da recuperação econômica registrada nos Estados Unidos e na China, dois pilares da economia global.
Os EUA registraram um crescimento de 1,6% no primeiro trimestre deste ano, segundo dados divulgados na quinta-feira, impulsionados pelo forte aumento do consumo. Primeiro país do mundo a conter a covid-19, a China foi a única das grandes economias a registrar crescimento em 2020, que chegou a 2,3%.
Esse foi o segundo trimestre seguido de contratação da economia da zona do euro, depois do registro de uma retomada de crescimento no terceiro semestre de 2020. Especialistas, porém, esperam uma recuperação da economia europeia nas próximas semanas com o avanço da vacinação em diversos países.
Enquanto a França registrou um crescimento de 0,4% em relação ao trimestre anterior, o PIB da Alemanha – a maior economia do bloco – encolheu 1,7% devido a quedas registradas no setor de serviços e turismo, diante das restrições impostas para conter a covid-19, e a interrupções nas cadeias de fornecimento da indústria.
Os preços aos consumidores europeus também registraram um aumento de 1,6% em abril, impulsionados principalmente pelo aumento dos custos com energia. Esse crescimento ocorre depois de cinco meses de deflação na zona do euro.
A Eurostat também afirmou que a região registrou uma queda de 0,1 ponto percentual no desemprego em março em relação o mês anterior, ficando em 8,1%. Apesar da redução, o índice de desemprego registrado em março deste ano é ainda cerca de um ponto percentual maior do que há um ano.