Internacional
Alemanha baixa seu status de risco de covid-19
Devido menor incidência e melhor situação em UTIs, Ministério da Saúde e Instituto Robert Koch baixam para “elevado” o risco ligado à covid-19. Mas nível de vacinação ainda é insuficiente para suspensão de restrições
O Instituto Robert Koch (RKI), responsável pelo controle e prevenção de doenças infecciosas na Alemanha, baixou de “muito elevado” para “elevado” o nível de risco ligado ao novo coronavírus no país. A decisão vem em resposta à queda do nível de incidência de sete dias para pouco mais de 35 novos casos de covid-19 por 100 mil habitantes.
“A situação está melhor, estamos ficando significativamente melhor”, declarou nesta terça-feira (01/06) o ministro da Saúde, Jens Spahn, numa coletiva de imprensa conjunta com o diretor do RKI, Lothar Wieler.
“Temos motivos para otimismo”; prosseguiu Spahn, indicando tanto o maior número de leitos livres nas unidades de tratamento intensivo, como a redução gradual do volume de casos. Mesmo assim, frisou que a Alemanha “ainda está em plena pandemia”. Nesta terça-feira, o RKI registrou 1.785 novos casos e 153 mortes ligadas à covid-19 no país.
Apesar do início lento das vacinações, devido a gargalos de abastecimento, o chefe da pasta da Saúde calcula que, não havendo alterações, até meados de julho “de 80% a 90% de todos que quiserem vacinados” terão oportunidade de fazê-lo.
O cálculo só se refere às doses cuja entrega já foi acordada, não incluindo os imunizantes fabricados pela Johnson & Johnson. Esta adiou a entrega de sua vacina de dose única devido ao registro de casos de coágulos perigosos posteriores à inoculação.
O ministro aproveitou para mencionar que no Reino Unido, a incidência de covid-19 aumentou, apesar do grande número de vacinados, devido às variantes do coronavírus em circulação. Por sua vez, Wieler disse serem necessárias taxas de vacinação mais altas na Alemanha, se se pretende que mais restrições sejam suspensas.
“Vacinem-se assim que for possível”, apelou o diretor do RKI. No momento, 18% da população está completamente vacinada, e seria necessário alcançar uma taxa de no mínimo 80%, antes que a maioria das restrições à mobilidade e contatos seja retirada.
Na véspera, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, anunciara que poderão sair de vigor no fim de junho, como planejado, os poderes especiais do governo federal para impor restrições antipandemia em âmbito nacional.
A Lei de Proteção de Doenças Infecciosas foi emendada em abril para incluir um “freio de emergência”, obrigando todos os 16 estados alemães a aplicarem restrições uniformes nas áreas em que as taxas de incidência ultrapassem os 100 casos por 100 mil habitantes.