CIÊNCIA & TECNOLOGIA
Foto incrível: veja a Estação Espacial Internacional passando em frente ao Sol
Durante a última sexta-feira (25), os astronautas Shane Kimbrough, da NASA, e Thomas Pesquet, da Agência Espacial Europeia, realizaram um spacewalk para instalar mais um painel solar na Estação Espacial Internacional (ISS). Enquanto eles trabalhavam na instalação do componente, o fotógrafo Joel Kowsky realizou um belo registro de um trânsito da ISS, enquanto ela passava em frente ao Sol.
A foto abaixo foi composta por sete frames e mostra a silhueta do laboratório orbital enquanto se movia à velocidade de quase 30 mil km/h. Atualmente, a estação conta com os membros da Expedição 65, composta pelos astronautas Megan McArthur, Mark Vande Hei e Shane Kimbrough, todos da NASA, junto de Thomas Pesquet, da ESA, Akihiko Hoshide, da agência espacial japonesa JAXA e, por fim, os cosmonautas Pyotr Dubrov e Oleg Novitskiy, da Roscosmos.
A silhueta na foto dá até a impressão de que a ISS estava próxima do Sol, mas, na verdade, isso é uma ilusão causada pela diferença de tamanho dos dois objetos e pela distância focal da lente: o Sol tem diâmetro de mais de 1 milhão de quilômetros, mas está a cerca de 150 milhões de quilômetros de distância da Terra — ou, se preferir, a cerca de 8 minutos-luz. Já a estação espacial mede cerca de 109 m de uma ponta à outra, e está a aproximadamente 400 km da superfície do nosso planeta.
O outro fator que pode alterar a percepção que temos com a foto é a distância focal, que afeta a profundidade de campo da imagem. Se a lente tiver distância focal maior para fotografar um objeto distante, isso faz com que a profundidade de campo fique menor — é daí que vem este efeito de “achatamento” que vimos acima, que dá a impressão de que a estação espacial está passando bem pertinho da nossa estrela.
Veja a animação abaixo com todos os frames, indicando o movimento da estação:
Aliás, isto tem nome: quando um objeto passa em frente a uma estrela a partir do nosso ponto de vista, dizemos que houve um trânsito. Esta é uma técnica bastante valiosa para os astrônomos encontrarem exoplanetas orbitando outras estrelas, porque como são grandes, estes mundos distantes causam uma redução no brilho das estrelas ao passar à frente delas. O telescópio espacial TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite), da NASA, vem empregando esta técnica desde 2018, e já encontrou mais de 2 mil candidatos a exoplanetas.
Fonte: NASA