Internacional
EUA: Grupo armado protesta contra morte de mulher negra
Milícia negra marchou com fuzis e espingardas semiautomáticas
Um grupo de manifestantes negros fortemente armados realizou um protesto contra a morte de uma mulher negra, na cidade de Louisville, no Kentucky, nos Estados Unidos. A técnica de medicina Breonna Taylor, de 26 anos, foi morta em março deste ano por policiais que invadiram seu apartamento.
O protesto teve dezenas de pessoas vestidas com uniformes paramilitares, armadas com fuzis e espingardas semiautomáticas. Elas caminharam em direção a um grupo menor de pessoas que se manifestavam contra o movimento. A polícia precisou separar os grupos para evitar um conflito. Ainda assim, três manifestantes negros ficaram feridos após uma arma ser descarregada acidentalmente.
Denominado NFAC (Not Fucking Around Coalition), a milícia negra nega qualquer relação com o movimento Black Lives Matter e o partido Pantera Negra. O líder do grupo, John “Grandmaster Jay” Johson, exige que as investigações sobre a morte de Breonna sem mais ágeis e transparentes.
– Se vocês não falam nada, pensamos que não estão fazendo nada – disse o líder em um discurso.
Até o momento, apenas um policial envolvido na morte da mulher foi demitido. Outros dois policiais foram remanejados para funções burocráticas. Nenhum deles foi denunciado.
Apesar de desvincular o grupo do movimento Black Lives Matter, o NFAC tornou-se conhecido no dia 4 de julho, Dia da Independência dos EUA. Na ocasião, a milícia se reuniu em um famoso parque em Atlanta, na Georgia, para exigir a derrubada de uma escultura de pedra que representa líderes escravagistas.
Outro pauta defendida pelo grupo é a 2ª emenda da Constituição americana, que trata do direito à autodefesa à posse de armas.