Internacional
Agência humanitária católica denuncia: idosos estão passando fome sob o regime cubano
“Além da pandemia de covid-19, há uma pandemia de fome em Cuba e as pessoas mais afetadas são os idosos”
Aagência humanitária católica norte-americana Catholic Relief Services (CRS) denunciou que idosos estão passando fome sob o regime cubano, hoje encabeçado por Miguel Díaz-Canel, presidente escolhido pelo ditador Raúl Castro.
Ana Gloria Rivas-Vásquez, da diretoria da instituição, declarou à agência ACI Prensa neste 25 de julho, primeiro Dia Mundial dos Avós e Idosos:
“Além da pandemia da covid-19, há uma pandemia de fome em Cuba. As pessoas mais afetadas são os idosos. O povo de Cuba está envelhecendo e cerca de 20% são idosos”.
De fato, os maiores de 60 anos já superam 20% da população em Cuba, Uruguai e Barbados, conforme dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL). Ainda segundo a CEPAL, Cuba se tornou a primeira economia envelhecida na região já em 2010, mas não devido à melhora das condições de vida dos mais velhos e sim por causa de fatores como o saldo migratório negativo e a diminuição permanente das taxas de fecundidade.
O próprio regime cubano informou, no final de 2020, que a população maior de 60 anos na ilha chegava a 21,3% do total, com estimativas de superar os 30% no “futuro próximo”.
A CRS é parceira da Caritas Cuba há 30 anos em programas de ajuda aos mais vulneráveis. Uma das iniciativas conjuntas é justamente um programa de alimentação para idosos nas dioceses de Cienfuegos, Holguín e Matanzas. Antes da pandemia, os alimentos eram entregues em refeitórios, mas agora a distribuição precisa ser feita de casa em casa, o que dificulta muito a logística. Ana Gloria Rivas-Vásquez comenta, mesmo assim, que, “graças a Deus, a Caritas Cuba conta com uma rede de voluntários que ajudam muitíssimo essas pessoas tão necessitadas”.
Idosos estão passando fome sob o regime cubano
Ela reforça que os idosos são os mais atingidos pela crise no país, marcada não só pela escassez de alimentos, mas também de artigos de higiene e medicamentos. Estas denúncias já haviam sido feitas por padres católicos recentemente, durante a violenta repressão do regime comunista cubano aos protestos que eclodiram em diversas cidades da ilha pedindo liberdade e melhores condições de vida.
As ações da CRS dependem hoje de doadores, tanto católicos quanto não católicos, principalmente nos Estados Unidos. A seu respeito, Ana Gloria Rivas-Vásquez declarou à ACI Prensa:
“Os doadores responderão ao chamado do Evangelho de ajudar ao próximo. Agradecemos muito por toda a ajuda financeira, porque, sem ela, não poderíamos fazer o nosso trabalho. Mas também pedimos sempre orações”.