ECONOMIA
Balança comercial registra alta de 43% no superávit em 2021
A corrente de comércio (soma das exportações e importações) da balança brasileira chegou a US$ 289,02 bilhões de janeiro até a 1ª semana de agosto
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 45,99 bilhões no acumulado do ano, até a primeira semana de agosto, em alta de 43,4% pela média diária, na comparação com o período de janeiro a agosto de 2020. A corrente de comércio (soma das exportações e importações) chegou a US$ 289,02 bilhões no período, um aumento de 34,5%.
A atual corrente de comércio é reflexo do desempenho das exportações, que somam US$ 167,51 bilhões, em alta de 35,6%, e das importações, que aumentaram 32,9%, alcançando US$ 121,51 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 9, pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.
As exportações no acumulado do mês subiram 41,4%, alcançando US$ 5,86 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 4,22 bilhões, com alta de 53%. A balança comercial registrou superávit de US$ 1,64 bilhão, portanto, em alta de 18,1%, enquanto a corrente de comércio somou US$ 10,08 bilhões, subindo 46%.
Nas exportações, comparadas a média diária até a primeira semana deste mês (US$ 1,171 bilhão) com a de agosto de 2020 (US$ 828,75 milhões), houve crescimento de 41,4%, com alta das vendas nos três segmentos – Indústria Extrativista (+103,1%), Indústria de Transformação (+27,5%) e Agropecuária (+7,9%). Na Indústria Extrativista, o aumento das exportações foi puxado, principalmente, pelo crescimento nas vendas de minério de ferro e seus concentrados (+108,6%); óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+76,5%); minérios de cobre e seus concentrados (+390,9%) e pedra, areia e cascalho (+26,7%).
Já em relação à Indústria de Transformação, destaque para o aumento nas vendas de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (+105,6%); produtos semiacabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (+120,5%); veículos automóveis de passageiros (+99,9%); gorduras e óleos vegetais, “soft”, bruto, refinado ou fracionado (+234,2%) e ouro, não monetário, excluindo minérios de ouro e seus concentrados (+36,6%).
Entre os produtos agropecuários, a alta das exportações foi impulsionada pelo crescimento nas vendas de soja (+32,2%); café não torrado (+44,2%); madeira em bruto (+319,8%); trigo e centeio, não moídos (+20.310.791,3%) e produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (+58,8%).
Importações do Brasil
Nas importações, a média diária até a primeira semana de agosto de 2021 (US$ 844,22 milhões) ficou 53% acima da média de agosto do ano passado (US$ 551,68 milhões). Nesse comparativo, aumentaram principalmente as compras de produtos da Indústria Extrativista (+323,9%), da Indústria de Transformação (+46,8%) e da Agropecuária (+42,5%).
Na Indústria extrativista, destaque para as compras de gás natural, liquefeito ou não (+1.164,1%); outros minérios e concentrados dos metais de base (+449,4%); carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (+50,1%); óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+47,1%) e minérios de cobre e seus concentrados (+1.155,7%).
Já na Indústria de Transformação, o aumento das importações foi puxado pelo crescimento nas compras de medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (+218,5%); óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+ 114,8%); adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos (+78,0%); partes e acessórios dos veículos automotivos (+55,2%) e válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (+36,8%).
Por fim, na Agropecuária, a alta nas importações teve o destaque da compra de trigo e centeio, não moídos (+76,5%); pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (+105,9%); milho não moído, exceto milho doce (+158,5%); látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (+35,8%) e produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (+ 8%).