CIÊNCIA & TECNOLOGIA
Famoso bot de música do Discord, Groovy será encerrado por ordem do Google
A quarta-feira (25) foi um dia triste para os usuários do Discord: o bot Groovy foi ordenado pelo Google a interromper os serviços — e seu criador aceitou, provavelmente temendo retaliações graves por parte da gigante. A partir de 30 de agosto, o popular tocador de músicas que alimenta servidores do mundo inteiro não estará mais disponível.
Para quem não conhece, Groovy é um bot que pode ser adicionado a servidores de Discord para tocar músicas para a galera. Com simples comandos dá para criar playlists, avançar e voltar faixas e fazer uma baita festa, já que todos da mesma sala de áudio podem escutar as faixas ao mesmo tempo.
O robô puxa os hits direto de Spotify, SoundCloud e, majoritariamente, YouTube, o que dá a ele um leque imenso de possibilidades — e sem propagandas. O Groovy é tão popular, que cerca de 16 milhões de servidores contavam com sua presença.
Contudo, segundo o Google, o uso do conteúdo do YouTube viola os termos de uso da plataforma e, por isso, o Groovy deve ser encerrado. “Notificamos o Groovy sobre suas violações aos nossos Termos de Serviço, incluindo a modificação do serviço e o uso para fins comerciais”, explicou o YouTube ao site The Verge.
O criador do bot, Nik Ammerlaan, não sabe ao certo o que levou o Google a enviar a ordem de “cease and desist” (“cessar e desistir”, em inglês, que consiste em ordem ou pedido para interromper uma atividade, sob pena de ação judicial). Ele acredita que a gigante simplesmente não sabia sobre a prática antes, mas já imaginava que uma intimação chegaria mais cedo ou mais tarde.
Efeito dominó
Se o Groovy caiu, outros também devem ter o mesmo destino. O Rythm, outro bot que reproduz músicas em servidores, ainda resiste e seu criador, Jet, disse que não planeja encerrar. O Rythm é ainda mais famoso, com presença em mais de 20 milhões de servidores do Discord.
Bots menos populares também devem estar na lista de destinatários da ordem do Google, então resta apenas esperar para ver as decisões de seus respectivos criadores. Talvez, apenas retirar a busca de faixas do YouTube seja o suficiente para acalmar a gigante, mas o destaque que a notícia tomou pode acabar atraindo ações semelhantes de outras plataformas de streaming.
Fonte: The Verge