Internacional
Revisão de votos no Arizona encomendada por apoiadores de Trump confirma vitória de Biden
Autoridades do condado de Maricopa, que abrange a capital do Arizona, Phoenix, anunciaram no Twitter, ainda nesta quinta-feira (23), que as prévias do relatório confirmam que a votação “foi precisa, e os candidatos certificados como os vencedores de fato venceram”
A revisão das cédulas de votação em um condado do Arizona, nos EUA, deve frustrar, nesta sexta-feira (24), as expectativas dos republicanos que ainda acreditavam que o agora ex-presidente Donald Trump foi vítima de uma fraude na última eleição.
O relatório final será divulgado às 13h no horário local (17h em Brasília), mas versões preliminares do documento vistas por veículos como a agência de notícias Reuters e os jornais The New York Times e Washington Post ratificam o resultado oficial, que deu a vitória ao democrata Joe Biden.
Autoridades do condado de Maricopa, que abrange a capital do Arizona, Phoenix, anunciaram no Twitter, ainda nesta quinta-feira (23), que as prévias do relatório confirmam que a votação “foi precisa, e os candidatos certificados como os vencedores de fato venceram”.
O processo de revisão das cédulas durou cinco meses e custou cerca de US$ 5,7 milhões (R$ 30,2 milhões) -a maior parte da verba veio de doações de apoiadores de Trump. Contrariando as evidências, o ex-presidente divulgou um comunicado na quinta dizendo que todos estariam esperando o resultado do Arizona “para ver o que os auditores altamente respeitados descobriram em relação à chamada eleição”.
A revisão, no entanto, foi marcada por práticas que os especialistas descreveram como inadequadas e bizarras, incluindo a verificação de traços de fibra de bambu nas cédulas com base em uma teoria da conspiração que levantava a suspeita de que votos falsos poderiam ter sido enviados de países asiáticos.
A empresa contratada para a revisão, Cyber Ninjas, não tinha experiência em auditoria de eleições. Seu proprietário, Doug Logan, é apoiador de Trump e, desde o pleito em novembro de 2020, compartilhou outras teorias conspiratórias que davam suporte às alegações do ex-presidente.