CIÊNCIA & TECNOLOGIA
Rede de perfis falsos tem mais de 1 mil contas para golpes de Pix e cartões
Os golpes financeiros seguem em alta nas redes sociais, com pesquisadores em segurança descobrindo mais de 1.000 perfis voltados à realização de fraudes envolvendo Pix e cartões de crédito clonados. Juntas, as contas no Instagram, Twitter, Facebook e TikTok, bem como grupos no Telegram, acumulam mais de 500 mil seguidores e, além dos casos citados, também envolvem a venda de credenciais de acesso a serviços e promessas de ganho financeiro a partir das transferências instantâneas.
O levantamento foi feito pela PSafe e cita o chamado golpe do “Rei do Pix” como a principal ocorrência desse conjunto de páginas. A ideia é que os usuários enviem valores às contas dos criminosos, por meio do sistema, para que recebam de volta montantes de até 15 vezes mais; o dinheiro sai de contas bancárias de terceiros, fraudadas pelos bandidos que usam as transferências para pulverizar os valores e obter de volta ganhos com maior aparência de legitimidade.
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Em outros casos, é prometida a emissão de cartões de crédito funcionais com direito, até mesmo, à inclusão do nome e CPF dos interessados. Os especialistas da PSafe apontam, aqui, para um risco em dobro, não apenas pelo uso de plásticos fraudados, mas, também, pela inclusão dos dados dos indivíduos nos bancos de dados dos próprios criminosos, de onde podem ser usados em mais crimes.
Segundo a empresa especializada em cibersegurança, o phishing é o principal caminho pelo qual os bandidos têm acesso aos dados bancários, contas e informações de suas vítimas. E-mails e mensagens fraudulentas, bem como links com falsas ofertas ou cadastros simulando a aparência de plataformas legítimas, estão entre as principais artimanhas dos golpistas para obterem informações que, mais tarde, são passadas adiante em conjuntos de perfis dessa categoria.
Segundo o CEO da PSafe, Marco DeMello, não é possível afirmar que todos os perfis possuem ligação entre si, mas a realização de ações semelhantes serve para conectar todos eles, assim como a existência de sequências de nomes semelhantes, com links em sequência e apenas uma numeração final modificada. “Não há nenhum medo por parte dos criminosos, que estão divulgando, inclusive, telefones para que as vítimas entrem em contato”, completa, explicando também que muitos podem aderir a tais sistemas sem nem mesmo saberem que estão aderindo a um golpe, atraídos pela promessa de multiplicação de valores e ganhos financeiros.
De acordo com a empresa de segurança, o melhor caminho para proteção é a atenção ao clicar ou compartilhar links de fontes desconhecidas, principalmente quando eles vierem por meio de redes sociais ou apps de mensagens. Dados pessoais ou sensíveis, como os financeiros, não devem ser passados por estes meios, enquanto os usuários também precisam manter o olho vivo para promoções e ofertas que pareçam boas demais.
Vale a pena, ainda, ter soluções de segurança instaladas no dispositivo, já que elas ajudam a identificar links fraudulentos ou tentativas de instalação de malware. Por fim, mantenha o sistema operacional do celular e computador, assim como os aplicativos instalados, sempre atualizados, de forma que brechas e vulnerabilidades conhecidas não possam ser utilizados na prática de novos golpes.
Fonte: PSafe