AGRICULTURA & PECUÁRIA
Preços da soja ficam mais baixos no Brasil acompanhando perdas de Chicago
Após trigo e milho acentuarem quedas e o petróleo mudar de direção para o território negativo, os preços da oleaginosa também caíram
Em meio à volatilidade externa e do câmbio, o mercado brasileiro de soja negociou apenas lotes pontuais nesta quarta-feira (16). Os preços oscilaram entre estáveis e mais baixos, acompanhando a quarta sessão seguida de perdas em Chicago e o dólar também desvalorizado.
– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos baixou de R$ 213,00 para R$ 212,00
– Região das Missões: a cotação recuou de R$ 212,00 para R$ 211,00
– Porto de Rio Grande: o preço caiu de R$ 218,00 para R$ 216,00
– Cascavel (PR): o preço passou de R$ 203,50 para R$ 202,00 a saca
– Porto de Paranaguá (PR): a saca baixou de R$ 208,00 para R$ 206,00
– Rondonópolis (MT): a saca estabilizou em R$ 190,00
– Dourados (MS): a cotação se manteve em R$ 194,00
– Rio Verde (GO): a saca subiu de R$ 184,00 para R$ 185,00
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços mais baixos, em dia de muita volatilidade. O mercado iniciou a sessão com alta, ainda sustentada por fatores fundamentais.
Mas após trigo e milho acentuarem as quedas e o petróleo mudar de direção para o território negativo, os preços da soja também caíram. No final da sessão, o mercado operava perto das mínimas do dia, avaliando também a decisão do banco central americano de elevar as taxas básicas de juros após três anos sem alteração.
Nesta quinta (17), as atenções se voltam para os números de embarques dos Estados Unidos na semana. O mercado aposta em vendas entre 1,1 milhão e 2,5 milhões de toneladas.
Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 9,50 centavos de dólar por bushel ou 0,57% a US$ 16,49 1/4 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 16,25 por bushel, com perda de 9,75 centavos ou 0,59%.
Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com baixa de US$ 6,00 ou 1,23% a US$ 478,00 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 73,55 centavos de dólar, com baixa de 0,13 centavo ou 0,17%.
Câmbio
O dólar comercial fechou em R$ 5,0920, com queda de 1,31%. O driver do dia foi o aumento dos juros norte-americanos, que subiram para a faixa entre 0,25% e 0,50%. O aumento, que já estava precificado pelo mercado, não foi suficiente para conter a forte alta do real, que também foi beneficiado pela
valorização global das commodities.
Agenda de quinta-feira
– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.