Judiciário
Sessão virtual: Internet falha e desembargador afirma que o problema é a distância da advogada
Na ocasião, desembargador do TJ/PB reconheceu dificuldades tecnológicas e defendeu retorno das atividades presenciais. O processo acabou sendo adiado.
Devido à pandemia, o uso de novas tecnologia ficou mais frequente no Judiciário, que começou a realizar sessões por meio virtual. No entanto, as ferramentas podem falhar, como aconteceu durante a 17ª sessão ordinária da 3ª câmara Cível do TJ/PB na última quinta-feira, 30.
Para o desembargador Marcos Cavalcanti, falha no envio e recebimento das mensagens foi devido a distância da advogada, que estava em Pernambuco: “a distância às vezes fica meio complicado. Tanto é que a agente fala aqui e vai chegar lá 2, 3 minutos depois.”
Por causa de falhas na conexão, durante sustentação oral da advogada Gabriela Costa Pires, o processo acabou sendo adiado. Isso mostra que os problemas tecnológicos são impeditivos hoje no Brasil do correto andamento processual.
Vídeo do Migalhas
Durante a sessão, a causídica contactou a assessoria explicando que não conseguia ouvir ou se comunicar. Na ocasião, o desembargador Marcos Cavalcanti reconheceu a dificuldade de realizar sessões virtuais devido a conexões com a internet: “a tecnologia é muito boa, mas é por isso que eu estou aqui com meus papéis todos na mão, por garantia. Minha pauta está aqui impressa, tudo aqui na mão”, explicou.
Neste sentido, o desembargador sugeriu ao presidente da sessão, desembargador Saulo Benevides, que o processo fosse adiado. Cavalcanti afirmou, ainda, que é devido às falhas tecnológicas que “não tem muita animação com a tecnologia”: “é muito bom, mas eu quero que acabe logo a pandemia, para a gente poder voltar para o Tribunal, fazer presencial”.
Assim, o presidente da sessão, decidiu suspender o processo: “o jeito é nós adiarmos este processo“, afirmou.