Politíca
Deputado diz que Brasil perde uma de suas maiores referências nos direitos humanos, com morte de Casaldáliga
Frei Anastácio relatou ainda que a história de vida de Dom Pedro Casaldáliga foi fonte de inspiração para livros sobre sua vida, peças teatrais e filmes.
O deputado Federal Frei Anastácio disse que o Brasil perdeu uma das maiores referências da luta pelos direitos humanos, com a morte do bispo Dom Pedro Casaldáliga, aos 92 anos de idade. “Ele foi um pastor que lutou contra as injustiças sociais e defendia uma Igreja evangelizadora, com os olhos voltados para a defesa dos pobres e oprimidos”, disse Frei Anastácio.
O parlamentar destacou que o bispo, além de religioso era um pensador. Escreveu cerca de 40 livros, publicou artigos em jornais nacionais e internacionais. “Por ter uma luta firme em defesa dos indígenas, dos pobres e dos trabalhadores rurais chegou a ser ameaçado de morte. Durante o Golpe Militar de 1964, ele foi ameaçado de ser expulso do Brasil. Ele deixa um legado muito rico de dedicação da vida ao evangelho e aos pobres”, afirmou.
Frei Anastácio relatou ainda que a história de vida de Dom Pedro Casaldáliga foi fonte de inspiração para livros sobre sua vida, peças teatrais e filmes.
“Estou muito triste com a partida dele. Mas, me alegro com o exemplo de vida que ele deixou. Dom Pedro é um exemplo de motivação para nossa luta no dia a dia”, afirmou. Dom Pedro Casaldáliga morreu em consequência de uma infecção respiratória, que evoluiu para uma embolia pulmonar. O bispo estava internado em Mato Grosso, há mais de uma semana. Mas, devido ao agravamento do quadro de saúde foi transferido para Batatais (SP), no início desta semana.
Resumo Histórico (Fonte: Wikipédia)
Dom Pedro Casaldáliga nasceu em Balsareny, na província de Barcelona, na Espanha, em 16 de fevereiro de 1928. Ingressou na Congregação Claretiana (Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria) em 1943, sendo ordenado sacerdote em Montjuïc, Barcelona, no dia 31 de maio de 1952. Depois de ordenado, foi professor de um colégio claretiano em Barbastro, assessor dos Cursilhos de Cristandade e diretor da Revista Iris.
Em 1968, mudou-se para o Brasil para fundar uma missão claretiana no Estado do Mato Grosso, uma região com um alto grau de analfabetismo, marginalização social e concentração fundiária (latifúndios), onde eram comuns os assassinatos.Foi nomeado administrador apostólico da prelazia de São Félix do Araguaia (Mato Grosso) no dia 27 de abril de 1970. O Papa Paulo VI o nomeou bispo prelado de São Félix do Araguaia, no dia 27 de agosto de 1971. Sua ordenação episcopal deu-se a 23 de outubro de 1971, pelas mãos de Dom Fernando Gomes dos Santos, Arcebispo de Goiânia.