Internacional
Índia autoriza uso de duas vacinas contra covid-19
País aprovou imunizante da AstraZeneca e vacina produzida pela empresa indiana Bharat Biotech. Segundo país mais populoso do mundo prevê vacinar 300 milhões de pessoas até agosto
A Índia autorizou neste sábado o uso de duas vacinas contra a covid-19, abrindo caminho para o programa de imunização no segundo país mais populoso do mundo.
O órgão responsável pelos medicamentos da Índia concedeu autorizações de emergência para as vacinas desenvolvidas pela Universidade de Oxford e pelo biofarmacêutica AstraZeneca, e outra desenvolvida pela empresa indiana Bharat Biotech.
O plano inicial de imunização do país prevê vacinar 300 milhões de pessoas até agosto, incluindo agentes de saúde, policiais e pessoas mais vulneráveis devido à sua idade ou outras doenças.
O primeiro-ministro Narendra Modi saudou a aprovação das duas vacinas. “Todos os indianos ficariam orgulhosos de que as duas vacinas que receberam a aprovação para uso de emergência sejam feitas na Índia!” escreveu no Twitter, classificando as aprovações como um sinal de um país “autossuficiente”.
O Instituto Serum da Índia, a maior fabricante mundial de vacinas, foi contratado pela AstraZeneca para produzir um bilhão de doses para nações em desenvolvimento, incluindo a Índia. Na sexta-feira, O Reino Unido foi o primeiro a aprovar a vacina da AstraZeneca.
A outra vacina, chamada Covaxin, foi desenvolvida pela Bharat Biotech, em colaboração com agências governamentais. A empresa completou apenas duas das três fases de ensaio. A terceira, que testa a sua eficácia, teve início em meados de novembro.
Os primeiros estudos clínicos mostraram que a vacina não tem quaisquer efeitos colaterais graves e produz anticorpos para a covid-19.
A Índia, com quase 1,4 bilhão de pessoas, é o segundo país afetado pelo coronavírus depois dos Estados Unidos, com mais de 10,3 milhões de casos confirmados e 149.435 mortes, embora a taxa de contágios tenha diminuído significativamente a partir de um pico em meados de setembro.
Um pedido de autorização de vacina feito pela Pfizer/BioNTech ainda está a ser analisado pelas autoridades indianas.