ESTADO
Estudo propõe soluções para a retomada da economia brasileira pós Covid com investimentos na energia de baixo carbono
O Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool na Paraíba (Sindalcool), associação sem fins lucrativos das usinas da Paraíba está estabelecendo alianças para a transição energética. O presidente da entidade, Edmundo Barbosa, corrobora com o pensamento do Instituto E+ Transição Energética ao apontar em estudo que a saída da crise econômica brasileira pós Covid, pela abordagem da energia, requer uma transição energética global, com investimentos que recuperem a economia promovendo sustentabilidade, resiliência e bem-estar.
O estudo afirma que governos de vários países, em especial os europeus, têm avançado na construção de planos de recuperação que estimulam a retomada da atividade econômica, priorizam a criação de novos empregos e dão centralidade ao enfrentamento das mudanças do clima.
“Esse caminho deve ser perseguido também por países como o Brasil, que tem à frente diversas escolhas difíceis a fazer e recursos limitados para investir em sua economia”, diz o documento. O RenovaBio vem sendo apontado como a melhor solução de mercado para a redução das emissões nos transportes.
Ainda de acordo com o Instituto E+ Transição Energética, o Brasil, assim como a maioria dos países, está desembolsando montantes significativos de recursos fiscais e monetários, com potencial para influenciar as trajetórias de desenvolvimento do país por décadas.
Para o instituto, a transição energética emerge como uma oportunidade importante para a retomada de baixo carbono da economia brasileira e pode orientar o desenvolvimento de ações nos setores impactados por ela.
Em sua conclusão, o estudo em sinergia com o pensamento do Sindalcool, defende o avanço da transição energética como norte para as ações de recuperação, permite a construção de uma economia mais resiliente e sustentável no Brasil, pois os investimentos alinhados com a transição, geram mais postos de trabalho do que os investimentos na manutenção do status quo, da mesma forma que permitem uma melhor distribuição de investimentos e impactos positivos pelo território nacional, movimentando economias locais.
Para o presidente do Sindalcool, o grande avanço brasileiro na redução de emissões nos transportes são os CBIOs, registrados por produtores de biocombustíveis na B3 e voluntariamente certificados, com base na nota de eficiência energético-ambiental proveniente dessa certificação e do volume de biocombustíveis comercializado no mercado nacional.
Essa política chamada RenovaBio, estimula a competição por menores emissões, onde cada produtor pode melhorar as suas práticas e desse modo emitir mais CBIOs, uma competição pelo bem da população.
Cada CBIO equivale a uma tonelada de emissões evitadas. Os distribuidores são a parte obrigada da política a adquirir os CBIO, ou seja, hoje quem usa os antigos combustíveis poluidores está na prática financiando a expansão da produção de etanol e outros biocombustíveis.
O QUE FAZ – Desde sua fundação em 2018, adotando uma abordagem multidisciplinar, a equipe do Instituto E+ e seus parceiros pesquisam, produzem, reúnem e oferecem conhecimento sobre o que existe de mais avançado em termos de transição energética.
Isto inclui desde informações para qualificar o debate até o desenho de novos arranjos regulatórios, institucionais e financeiros, além do monitoramento da revolução tecnológica que vem modificando a maneira de produzir, distribuir e consumir energia.