Internacional
Ameaçador! Coreia Do Norte Lança Novo Míssil Balístico E Compromete O Japão
No início de janeiro, Kim Jong-un apresentou um relatório muito detalhado ao Oitavo Congresso do Partido dos Trabalhadores da Coreia destacando os sucessos do país na construção de uma força nuclear, ao mesmo tempo que delineou os planos do partido para os próximos cinco anos.
Segundo relatório recente da organização 38North, Kim prometeu “fortalecer ainda mais a dissuasão de guerra nuclear”, desenvolvendo e colocando em campo vários novos sistemas, incluindo “armas nucleares táticas ultramodernas”, “ogivas de voo planas hipersônicas”, mísseis “multi-ogivas”, satélites de reconhecimento, um submarino, combustível sólido, lançamento terrestre e submarino e mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs).
No entanto, esses projetos ambiciosos, como plataformas hipersônicas, levarão anos para serem totalmente desenvolvidos. No mínimo, a Coreia do Norte precisará submeter os novos sistemas a programas de teste que sejam visíveis a observadores externos, fornecendo assim um aviso prévio de quaisquer novas capacidades, de certa forma é um risco a ser tomada que poderia ameaçar as atividades bélicas com novas sanções ou um pontapé para novas negociações.
Na bela noite fria de 14 de janeiro, um grande desfile militar em Pyongyang ocorreu com a expectativa do ocidente em confirmar os últimos relatórios da inteligência que reportou um possível novo dispositivo balístico.
O desfile contou com uma variedade de mísseis táticos com alcance abaixo de 1.000 km, três dos quais já foram testados em voo e provavelmente implantados nas forças Armadas.
A inteligência americana havia levantado o aprimoramento do sistema de foguetes de lançamento múltiplo (MLRS), designado como KN-25, que fora apresentado na noite de 14 de janeiro, bem como os mísseis guiados de precisão KN-23 e KN-24 aparentemente inspirados no Iskander russo e no Sistema de Mísseis Táticos do Exército dos EUA (ATACMS), respectivamente.
Notoriamente, os dispositivos são de grande importância na artilharia terrestre norte-coreana, mas a grande cereja do bolo veio no mais novo mascote balístico lançado por Kim, o míssil balístico lançado por submarino (SLBM) denominado Pukguksong-5.
As dimensões externas do míssil são consistentes com o Pukguksong-4 apresentado durante o desfile em outubro do ano passado, estimado em 1,8 metros de diâmetro, embora o compartimento de carga útil seja um pouco mais longo, dando-lhe um comprimento estimado de cerca de 10,5 metros em comparação com 9,8 metros para o Pukguksong-4.
De acordo com uma fonte, o Pukguksong-3 lançado em 2019 tem as mesmas dimensões do Pukguksong-4 e -5. Em um teste bem-sucedido em 2 de outubro de 2019, o Puk-3 voou 450 km, isso pode não parecer muito longe em termos de mísseis, mas atingiu 910 km de altitude. Isso, por sua vez, pode ser traduzido em um alcance máximo de pelo menos 1.900 km, suficientemente necessário para atingir o Japão, e o nome do míssil se traduz como Polaris-3, que pode ser uma referência deliberada ao famoso míssil da Marinha dos EUA, e com o novo míssil Puk-5, eleva o amadurecimento da Marinha da Coreia do Norte.
Por ser um equipamento relativamente desconhecido, Michael Elleman, analista militar, reforça que avaliar a plataforma de desempenho potencial do Pukguksong-5 é dificultoso. As maquetes desfiladas carecem de detalhes externos que possam fornecer pistas sobre sua configuração.
No entanto, suas dimensões são notavelmente semelhantes às do míssil balístico Poseidon dos EUA, que consiste em dois estágios de combustível sólido capazes de lançar várias ogivas a mais de 4.600 km. Poseidon era um míssil altamente otimizado, no entanto, carregado com propelentes de alta energia contidos em invólucros leves feitos de fibra de vidro e pilotado por um pacote de navegação, orientação e controle muito sofisticado.
Deixando a alta tecnologia de lado, assim como aos russos que adotam elementos externos robustos e simples em seus equipamentos, mas que na prática oferece exatamente os objetivos, o novo míssil Pukguksong-5 provavelmente será mais rudimentar em design, construção e tecnologia de propelente sólido e, portanto, terá um alcance mais limitado de cerca de 3.000 km, suficiente para atingir todo o centro do Mar do Japão e o principal território americano na Ásia, a ilha de Guam.
A Coreia do Norte trouxe um novo aparato bélico sob os mares, um ponto que eleva a dissuasão sobre o ocidente e nações inimigas na grande Ásia. Apesar da simplicidade, a tecnologia de desenvolvimento de mísseis norte-coreana já é reconhecida como ameaçadora e possui potencial para atingir territórios do ocidente.