Internacional
Regime comunista chinês prende bispo fiel à Igreja
É nada menos que a 5ª vez em 2 anos que dom Peter Shao Zhumin é preso por não se submeter ao regime ateu
O regime comunista chinês prendeu, pela quinta vez em apenas dois anos, o bispo dom Peter Shao Zhumin, de Wenzhou, perseguido há muito tempo pelo governo por ser fiel à Igreja Católica. Segundo a agência de notícias Asia News, a última prisão havia sido em 2018. Em maio de 2017, ele havia ficado preso durante absurdos sete meses.
Dom Peter é perseguido pelo regime ateu de Pequim porque se recusa a sujeitar-se à assim chamada Associação Patriótica Católica Chinesa, uma entidade criada pelo Partido Comunista Chinês para forçar a ruptura dos vínculos entre os católicos e a Santa Sé, mantendo-os sob vigilância e controle do regime. Os bispos, sacerdotes, freiras, religiosos e fiéis que se mantêm fiéis à Igreja passam a sofrer contínuas vexações, assédios e violências. A pressão também inclui prisão domiciliar e corte no fornecimento de água, luz e gás em suas residências.
O bispo terá agora de enfrentar mais um período de interrogatórios e “doutrinação comunista”. Ele sofrerá novas pressões para submeter-se à “igreja oficial”, aderindo à Associação Patriótica Católica Chinesa e, por conseguinte, separando-se na prática da Igreja Católica verdadeira.
As prisões anteriores de dom Peter ocorreram em datas relevantes para os católicos, como o Natal, a Páscoa e a Assunção de Nossa Senhora. Desta vez, ele foi preso a poucos dias das celebrações de Todos os Santos e de Finados, períodos em que a diocese costuma organizar muitas Missas, terços e orações comunitárias pela alma dos falecidos.
De fato, nos últimos anos, o regime vinha proibindo os fiéis de entrarem no cemitério de Wenzhou: as autoridades chegaram a instalar cercas de ferro no local para impedir as visitas.
A comunidade católica da China pede orações pela libertação do bispo, para que “nosso Senhor lhe dê confiança e coragem” e para que ele “permaneça saudável e lúcido, sob a orientação de Cristo”.