ESTADO
Tovar alerta para prognóstico de seca e pede ao governo suporte e alternativas de convivência com a estiagem
Estudo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostra que o fenômeno El Niño deve variar de moderada a forte nos próximos meses, causando na região Nordeste uma seca mais severa e um aumento dos focos de incêndio, gerando um período de estiagem prolongado. O deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB) chamou atenção para a questão e solicitou do Governo do Estado a antecipação de ações que garantam suporte necessário aos produtores do semiárido, que naturalmente sofrerão os impactos negativos.
“É fundamental que o Governo do Estado se organize e se estruture para levar o suporte necessário aos nossos produtores, como o forrageiro, água e tudo que for necessário para minimizar os efeitos devastadores levados pela estiagem. Tomara que as previsões estejam equivocadas e tenhamos um ano de muita chuva e fartura, mas não podemos também descartar a possibilidade e nos preparar para a estiagem”, destacou Tovar.
O deputado lembrou que a Paraíba foi devastada com a última grande seca que se estendeu de 2012 a 2018, perdendo todas as lavouras, vendo a extinção do rebanho, dificuldades para colocar comida no prato e até ter água para beber. Segundo Tovar, o Poder Legislativo paraibano sempre foi protagonista neste debate e deve manter a sua tradição.
“A seca castiga a nossa agricultura e pecuária, afeta a nossa economia e acentua a nossa pobreza. Precisamos debater alternativas e construir uma política de convivência com a seca”, defendeu, acrescentando que vai realizar um evento para debater a temática.
Dados do Monitor das Secas, da Agência Nacional de Águas (ANA), mostra que na Região Nordeste, devido às anomalias negativas de precipitação nos últimos meses e piora nos indicadores, houve o avanço da seca fraca nos estados da Bahia e do Rio Grande do Norte, e o agravamento da seca no oeste da Bahia, que passou de fraca para moderada.
El Niño – É um fenômeno que ocorre no Oceano Pacífico, principalmente. A temperatura do mar aumenta, próximo à costa da América do Sul gerando um braço de circulação atmosférica sobre o Nordeste, o que gera a seca. O fenômeno normalmente contribui para diminuir a chuva, devido a circulação atmosférica que provoca, gerando a seca que tem previsão de duração de um ano. Especialistas acreditam que o próximo El Niño seja um dos piores já registrados. As edições do fenômeno climático que trouxeram mais problemas ocorreram entre 1982-1983 e 1997-1998, provocando secas no Nordeste e enchentes no Sul do Brasil.