Internacional
Falta de acordo sobre acesso a alimentos afetará 9,5 milhões de iemenitas
PMA está negociando ajustes com autoridades em Sanaa; limitação de fundos também pesou para que a medida fosse tomada; agência tem quase metade das suas operações reajustadas em todo o mundo
Cerca de 9,5 milhões de pessoas no norte do Iêmen serão afetadas pela interrupção da distribuição de comida anunciada esta terça-feira pelo Programa Mundial de Alimentos, PMA.
A pausa no acesso de alimentos acontecerá em áreas controladas pelas autoridades baseadas na capital Sanaa, que são reconhecidas pela comunidade internacional.
Falta de um acordo sobre um programa de menor escala
Em nota, emitida em Roma, a agência explica que a decisão se deveu ao financiamento limitado e à falta de um acordo sobre um programa de menor escala, onde seriam alocados os recursos disponíveis para as famílias mais necessitadas.
No entanto, as negociações continuarão após quase um ano de diálogo que envolveu consultas com doadores. O processo não produziu qualquer entendimento sobre a redução de beneficiários para 6,5 milhões.
Como se esgotaram as reservas alimentares, a agência revela que mesmo com um acordo imediato a retomada poderá demorar até quatro meses devido à interrupção da cadeia de abastecimento da assistência alimentar humanitária.
Continuação da alimentação escolar
Em nível escolar, o PMA diz que continuará com programas que promovem a resiliência, subsistência, nutrição e alimentação para minimizar o impacto da pausa nas distribuições. Este processo dependerá da disponibilidade de fundos e da cooperação das autoridades do norte.
A distribuição geral de alimentos nas áreas sob controle governamental continuará focada em famílias mais vulneráveis, após um ajuste de recursos anunciado em agosto.
O PMA conta com quase metade das suas operações readaptadas em todo o mundo em meio a desafios financeiros que o setor humanitário enfrenta.