Judiciário
Gilmar Mendes alega urgência em retirar policiais militares da política
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes defendeu urgência na retirada dos militares da política, sobretudo à Polícia Militar estadual.
“Não envolve só os militares federais, mas sobretudo as PMs estaduais”, disse Gilmar ao CNN Entrevistas. “O sujeito não pode simplesmente, sendo coronel, comandante, disputar uma eleição e depois voltar para as atividades. Já tem algumas propostas nesse sentido, mas isso é urgente”.
O ministro se refere a uma proposta de emenda à Constituição (PEC), patrocinada pelo ministério da Defesa, que prevê que militares que se candidatarem tem que ir para a reserva.
O texto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, mas depois empacou no plenário. A PEC, no entanto, impõe à vedação apenas para as Forças Armadas e não inclui as PMs estaduais tamanha a polêmica.
Na avaliação de Gilmar, a eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi uma consequência do colapso da segurança pública e da politização das polícias militares. Ele defende que o assunto é urgente porque o 8 de janeiro é uma consequência da inação da PM do Distrito Federal.
“Você olha o nome dos deputados hoje, ‘soldado fulano de tal’, ‘cabo fulano de tal’. E veja este quase golpe, este tumulto teve a ver também com a inação do DF. Temos vários comandantes envolvidos”, diz Gilmar.