AGRICULTURA & PECUÁRIA
Plano Safra vai diversificar produção agrícola nos estados, diz Haddad
O objetivo, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é reduzir a dependência de um único estado para determinado produto
O próximo Plano Safra contará com medidas para incentivar a diversificação da produção agrícola em todo o país.
O objetivo, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é reduzir a dependência de um único estado para determinado produto, como o arroz, que tem 70% da produção concentrada no Rio Grande do Sul.
“No próximo Plano Safra vamos criar um mecanismo de fazer com que os estados diversifiquem um pouco sua produção. Em vez de um estado produzir só arroz e milho, ele vai ampliar um pouco seu cardápio de culturas. E as culturas têm que ser diversificadas pelo país respeitando o solo e o clima”, disse Haddad. “O Brasil é tão grande que se acontecer um problema em um estado, a produção dos outros compensa”, acrescentou.
Armazenagem
O ministro também ressaltou a importância de retomar a capacidade de armazenamento para garantir estoques reguladores de alimentos. Segundo ele, o governo anterior não investiu em armazéns, o que resultou na perda de capacidade de armazenamento.
“A produção ia subindo, subindo, e os armazéns estagnados. Acabaram com o crédito para produção de armazém no Brasil. Só no último Plano Safra que se reativou o crédito para produção de armazém. Não se tinha uma visão estratégica de como lidar com as culturas, mas isso tudo está sendo recuperado”, afirmou.
Importação de arroz
Sobre a importação de arroz, Haddad afirmou que a medida está sendo avaliada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, seguindo determinação do presidente Lula.
“O que o presidente disse é que qualquer possibilidade que esteja a mão para atenuar esse problema, ela tem que se acionada”, disse o ministro.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, informou que o governo federal prepara uma Medida Provisória para liberar a importação de arroz pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O objetivo, segundo ele, é evitar a especulação com o preço do produto.