AGRICULTURA & PECUÁRIA
Representantes do BNB se reúnem com produtores canavieiros paraibanos para apresentação de linhas de crédito
Crédito mais barato ao longo do ano, com a taxa mais baixa do mercado e linhas de crédito para inovação e sustentabilidade. Esses são os diferenciais do Banco do Nordeste do Brasil S.A. que foram amplamente debatidos durante evento na Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), em João Pessoa. Uma equipe de gerentes e técnicos da instituição financeira apresentou as linhas de crédito do BNB para os produtores canavieiros e falaram de perspectivas e linhas de investimento para o ano safra 2023/2024.
A abertura do evento foi feita pelo Diretor do Departamento Técnico da Asplan, Neto Siqueira, que pontuou a importância dos produtores terem acesso aos recursos do BNB. “Todo mundo sabe que os recursos do BNB são mais interessantes, mas é preciso haver um melhor acesso aos créditos porque não adianta ter ótimas taxas, se o produtor não tem acesso aos recursos”, destacou Neto.
O Gerente Executivo do BNB, Keke Azevedo, reconheceu que a análise do banco é bem mais criteriosa que das demais instituições financeiras do mercado, porque ela interage com várias entidades reguladoras, mas, ponderou que vale a pena o produtor se adequar as exigências legais de âmbito federal, estadual e municipal, porque independente na necessidade de crédito, os produtores rurais do Brasil precisam estar atentos a agenda ASG. “De fato, o nosso tempo de análise e contratação de uma proposta é mais longo do que o de um banco privado, mas as condições do crédito compensam.”
Para ilustrar essa vantagem ele mostrou duas situações. Uma de um valor de financiamento de R$ 500 mil, com prazo de 12 meses, a uma taxa de 7,6% que no BNB, o valor do financiamento ficaria R$ 538 mil, enquanto que no Banco do Brasil, a mesma simulação, ficaria com o valor final de R$ 560 mil, já que a taxa é de 12%. A mesma operação o BNB com o prazo de 60 meses, o valor final do financiamento ficaria em R$ 721.159,55, enquanto no Banco do Brasil, cuja taxa é 14%, esse valor aumentaria para R$ 962.707.29. “Nossa análise de acesso ao crédito é mais minuciosa, mas as taxas são melhores. Nós buscamos facilitar o processo, mas nunca negligenciar a importância do atendimento as legislações vigentes”, reiterou Keke Azevedo.
Entre as linhas de financiamento apresentadas os produtores paraibanos pelos representantes do BNB para o Plano Safra 2023/2024 destacam-se a FNE Agro Inovação, com prazo de até 15 anos, com até 5 anos de carência, que financia bens e serviços, com juros de 6,78%/ano. O FNE Agro Conectado com prazo de até 15 anos, com até 5 anos de carência, que financia tecnologia de telecomunicação, com juros de 6,78%/ano. Já o FNE Sol que tem prazo de 12 anos e carência de até seis medes, financia projetos de energia solar, com taxa de juros de 7,6%/ano.
O presidente da Asplan, José Inácio, reforçou a necessidade do BNB rever processos para que o produtor possa ter acesso ao crédito na instituição. “A gente sabe que às vezes tem o recurso e é o melhor dinheiro, mas infelizmente o produtor deixa de financiar no BNB por causa dessa burocracia complexa e que não depende do produtor”, disse ele, lembrando a questão da Sudema na Paraíba. “A gente sabe que a Sudema não é fácil, o problema é sério aqui na Paraíba onde há um fluxo que deixa a desejar em termos de agilidade”, disse ele citando exemplos desta burocracia que impede o produtor de ter acesso ao crédito do BNB. “Há de haver uma maneira mais descomplicada que a atual, porque não é fácil tirar dinheiro no BNB com todas essas exigências. É preciso rever a normativa do FNE que é antiga, engessada e difícil”, reiterou o dirigente da Asplan.
José Inácio lembrou ainda que os produtores precisam do banco e não podem perder a esperança de ter acesso ao crédito. “Vamos trabalhar. Vamos ver quais são os gargalos e saídas. A equipe técnica da Asplan está montada para atuar. Vamos ver como ter acesso ao crédito. O que precisar pode contar com a gente”, finalizou o presidente da Asplan.
A Assistente Técnica da Asplan, Fernanda Vasconcelos, que faz a ponte entre produtores associados e as instituições financeiras, com o consultor financeiro de entidade, Cristiano Aguiar, destacou a importância deste serviço de consultoria prestado pela Associação. “A gente está vendo aqui que não é fácil obter recursos do BNB, mas, já tivemos esse ano vários casos de aprovação de crédito na instituição”, relembrou ela que também é a responsável pelo serviço de orientação e apoio aos produtores ligados à Asplan.