AGRICULTURA & PECUÁRIA
Amendoim orgânico com aflatoxina é apreendido
Carga é desclassificada por níveis superiores de aflatoxina
A unidade regional do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em Marília, no interior de São Paulo, supervisionou a devolução de uma carga de amendoim orgânico importado do Paraguai. Segundo informações do Mapa, a carga apresentou níveis de aflatoxina acima do limite permitido pela legislação brasileira para consumo humano.
A aflatoxina, uma micotoxina produzida por fungos do gênero Aspergillus, pode estar presente em amendoins, outros grãos oleaginosos e nozes, e é conhecida por seus efeitos cancerígenos quando consumida por humanos e animais. Se a análise indicar níveis de aflatoxina superiores ao permitido, a carga é desclassificada. O importador então pode optar por destinar o produto a usos não alimentares ou devolvê-lo ao país de origem.
Eduardo Gusmão, auditor e chefe da regional do Mapa em Marília, informou que uma empresa local tem importado amendoim orgânico do Paraguai desde 2017, processando o produto para obter pasta orgânica e outros derivados. Esses produtos são principalmente exportados para os Estados Unidos, Canadá e países da União Europeia, devido à baixa demanda no mercado brasileiro, restrita a pequenos nichos.
A entrada do amendoim orgânico no Brasil ocorre pelo sistema de Vigilância Agropecuária (Vigiagro) em Guaíra ou Foz do Iguaçu, no Paraná. Nesses pontos, são coletadas amostras para análise de aflatoxina. “As cargas de amendoim, após a coleta de amostras, são liberadas para transporte com medida cautelar de apreensão de mercadoria”, explicou Gusmão. Isso significa que a empresa deve aguardar os resultados da análise para decidir o destino do produto.