Judiciário
Alexandre de Moraes reage à fala de Roberto Jefferson
O ex-deputado proferiu ofensas contra a ministra Carmen Lúcia
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, emitiu uma nota na noite deste sábado (22) em repúdio a Roberto Jefferson que fez uma série de críticas contra a ministra Carmen Lúcia.
O texto chama a fala do ex-deputado de “covarde e abjeta” e promete tomar “todas as providencias institucionais necessárias para o combate a intolerância, a violência, o ódio, a discriminação e a misoginia”.
Jefferson atacou a honra da ministra após ela votar a favor de punir a Jovem Pan e manter a censura de jornalistas e comentaristas em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
– Eu estou indignado. Não consigo. Fui rever o voto da Bruxa de Blair, da Carmem Lúcifer, na censura prévia à Jovem Pan, olhei de novo, não dá para acreditar. Lembra mesmo aquelas prostitutas, aquelas vagabundas, arrombad*s” né? Aí que viram para o cara diz: ‘E, benzinho, no rabinh*, nunca dei o rabinh*, pela primeira vez. É a primeira vez’. Ela fez pela primeira vez, ela abriu mão da inconstitucionalidade pela primeira vez. Ela diz assim: ‘é inconstitucional, censura prévia é contra a súmula do Supremo’, mas é só dessa vez benzinho. Bruxa de Blair – disse o ex-parlamentar.
LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA:
O Tribunal Superior Eleitoral repudia a covarde e abjeta agressão desferida contra a Ministra Carmen Lúcia e tomará todas as providencias institucionais necessárias para o combate a intolerância, a violência, o ódio, a discriminação e a misoginia que são atentatórios à dignidade de todas as mulheres e inimigos da Democracia, que tem, historicamente, em nossa Ministra uma de suas maiores e intransigentes defensoras.
A utilização de agressões machistas e misóginas demonstra a insignificante estatura moral e intelectual daqueles que, covardemente, se escondem no falso manto de uma inexistente e criminosa “liberdade de agressão”, que jamais se confundirá com o direito constitucional de liberdade de expressão que, no Brasil e nos países civilizados, não permite sua utilização como escudo protetivo para a prática de todo tipo de infrações penais.
O exemplo de coragem, competência e honradez da Ministra Carmen Lúcia permanecerá servindo de guia para o Tribunal Superior Eleitoral exercer, com respeito e serenidade, sua missão constitucional de defesa da Democracia e do sistema eleitoral.