Internacional
Coreia do Norte dispara míssil de submarino
Pyongyang diz ter feito dois disparos. Seul detecta um lançamento. Novo teste ocorre a horas de início de grandes manobras conjuntas de EUA e Coreia do Sul
A Coreia do Norte disparou dois mísseis estratégicos de cruzeiro de um submarino, informou a mídia estatal do país. O lançamento ocorreu horas antes de os Estados Unidos e a Coreia do Sul realizarem a partir desta segunda-feira (13/03) seus maiores exercícios militares conjuntos em cinco anos.
Um submarino disparou os mísseis a partir das águas da cidade costeira oriental de Sinpo na manhã de domingo, disse a agência de notícias KCNA.
Os militares sul-coreanos disseram ter detectado o lançamento de um único míssil não especificado, sem dar detalhes, informou a agência de notícias Yonhap. O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul disse que os militares estavam em alerta máximo e que a agência de inteligência do país estava trabalhando com sua contraparte dos EUA para analisar as especificidades do lançamento.
Mísseis viajaram 1.500 quilômetros
A KCNA disse que o exercício foi bem-sucedido, pois os mísseis teriam viajado cerca de 1.500 quilômetros e atingido seus alvos designados e não especificados nas águas da costa leste da península coreana.
Pyongyang, que possui armas nucleares, alertou que os exercícios militares conjuntos de EUA e Coreia do Norte podem ser vistos como uma “declaração de guerra”.
O relatório da KCNA anunciando o lançamento do míssil de domingo disse que o teste de disparo expressa “a posição invariável” da Coreia do Norte para enfrentar uma situação em que “os imperialistas dos EUA e as forças fantoches sul-coreanas estão ficando cada vez mais indisfarçáveis em suas manobras militares anti-RPDC”. RPDC é a sigla para o nome oficial da Coreia do Norte.
“EUA conspiram”
A KCNA disse que o exercício também “verificou a postura operacional atual dos meios de dissuasão da guerra nuclear em diferentes espaços”.
Em um comunicado separado, o Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte disse que os Estados Unidos estavam “conspirando” para convocar uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre direitos humanos no recluso Estado comunista, para coincidir com as manobras conjuntas.
“A RPDC denuncia amargamente o vicioso esquema de ‘direitos humanos’ dos EUA como a expressão mais intensa de sua política hostil em relação à RPDC e a rejeita categoricamente”, disse o ministério, segundo a KCNA.