ECONOMIA
Balança comercial registra superávit de US$ 9,035 bilhões em julho
Montante acumulado no ano, de US$ 54,1 bilhões, equivale à alta de 36,6% no comparativo anual
Ao registrar superávit de US$ 9,035 bilhões em julho (resultante de exportações de US$ 20,062 bilhões, ante importações de US$ 20,027 bilhões), a balança comercial brasileira acumula saldo positivo no ano de US$ 54,1 bilhões (diferença entre exportações de US$ 194,742 bilhões e importações de US$ 140,642 bilhões)), o que corresponde a uma alta de 36,6% em relação a igual período de 2022, que atingiu US$ 39,615 bilhões.
Os dados foram divulgados, nesta terça-feira (1º), pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC)
Se considerada a quarta semana de julho (dias 24 a 30), o saldo positivo somou US$ 2,317 bilhões (exportações de US$ 6,937 bilhões e importações de US$ 4,620 bilhões). Somente na última semana do mês (dia 31), o superávit chegou a US$ 1,070 bilhão (exportações de US$ 1,993 bilhão e importações de US$ 923 milhões).
O resultado divulgado pelo MDIC ficou ligeiramente acima do estimado na pesquisa das Projeções Broadcast, de um superávit de US$ 9 bilhões, com intervalo de US$ 7,2 bilhões e mediana de US$ 8,1 bilhões.
Pelo conceito de média diária das exportações, julho apresentou baixa de 2,6%, no comparativo anual, mediante avanço de 1,8% em Agropecuária; recuo de 2,6% em Indústria Extrativa e baixa de 4,9% na Indústria da Transformação.
Pela média diária das importações, o mês passado apresentou queda de 18,2%, mediante a queda de 24,9% em Agropecuária, retração de 4,1% em Indústria Extrativa e declínio de 18,9% da Indústria da Transformação.
No plano macroeconômico, a arrancada das exportações combinada com redução das importações e refluxo do dólar tem influenciado positivamente a posição brasileira no exterior. Desta forma, a moeda ianque acumula queda de 9,27% no primeiro semestre do ano (1S23), o que não evitou que as exportações acumulassem um montante de US$ 165,7 bilhões, o que representa crescimento de 1%, no comparativo anual, segundo aponta a Carta de Conjuntura, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Apenas em junho, como resultado de exportações de US$ 30,1 bilhões com importações de US$ 22 bilhões, o superávit da balança totalizou US$ 10,6 bilhões, um recorde para o mês de toda a série histórica, iniciada em 1997. A conclusão é a melhoria da performance da corrente de comércio internacional do país, mesmo ante à volatilidade expressiva do dólar.