Internacional
Acnur vê esperança após final de etapa que transferiu 605 congoleses de Angola
Agência da ONU para os Refugiados enfatiza dignidade e segurança no processo voluntário realizado até outubro; refugiados de sete províncias congolesas onde ocorreram conflitos deixaram o acampamento angolano de Lôvua
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados, Acnur, em Angola apoiou a transferência de 208 famílias do território angolano para a vizinha República Democrática do Congo, RD Congo.
Pelo menos 605 pessoas foram envolvidas no processo na etapa que decorreu entre outubro e novembro de 2023. Os locais de destino dos congoleses foram as províncias congolesas Kinshasa, Kasai Central, Kasai Ocidental, Kasai, Equateur, Kwilo, Haut-Katanga e Sankuru.
Acnur em Angola apoiou a transferência de 208 famílias do território angolano para a vizinha República Democrática do Congo, RD Congo
Onda de esperança
O Acnur destaca que as transferências voluntárias para essas áreas superam números e estatísticas ao envolverem “histórias individuais de esperança, coragem e busca pela reunificação de famílias separadas pelo conflito”.
A facilitação do retorno seguro e digno de milhares de Refugiados da RD Congo é tida como uma “onda de esperança” após a jornada que partiu do campo de Lôvua, na província de Lunda Norte. Do local já foram repatriados mais de 4 mil refugiados congoleses para sua terra natal.
Grande parte deles foi separada de suas famílias desde o início da onda de violência política e étnica na região de Kasai em 2017. Nessa altura, o total de congoleses que buscaram refúgio em território angolano ultrapassou 35 mil.
De acordo com a agência, a operação iniciada há cinco anos teve um papel ativo ao auxiliar uma repatriação com dignidade e segurança dos cerca de 4.337 refugiados que deixaram Lôvua para a RD Congo.