Aumento da tensão entre Europa e Rússia: países da OTAN consideram o envio de tropas, enquanto Putin adverte sobre a situação

O Kremlin alertou na última terça-feira (27/02) que o envio de tropas europeias para Ucrânia poderia levar a um conflito inevitável entre a Rússia e os países da Otan.
Já o presidente francês, Emmanuel Macron, levantou publicamente essa possibilidade na segunda-feira (26/02), durante discussões sobre a crise em questão. Macron mencionou a possibilidade de países europeus enviarem tropas à Ucrânia, mas ressaltou a falta de consenso imediato sobre a medida. Enquanto isso, os aliados concordaram em intensificar os esforços para fornecer mais armamentos e apoio logístico para Kiev contra Putin.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, considerou significativo o debate sobre o envio de contingentes da Otan para a Ucrânia. Quando perguntado sobre os possíveis riscos de um confronto direto entre Rússia e Otan em caso de envio de tropas para o território ucraniano, Peskov afirmou que tal cenário tornaria o conflito inevitável, em vez de apenas provável.

Macron, por sua vez, declarou que o envio de tropas para a Ucrânia não pode ser descartado, embora não tenha havido um acordo oficial durante a conferência realizada em Paris. Ele enfatizou a determinação coletiva em evitar que a Rússia saia vitoriosa do conflito, reconhecendo, porém, a necessidade de humildade diante dos desafios enfrentados nos últimos dois anos.

Além disso, Macron anunciou a formação de uma nova coalizão para fornecer mísseis e bombas de médio e longo alcance à Ucrânia, destacando o compromisso da União Europeia em intensificar o fornecimento de munições para o país manter sua resistência frente aos russos no conflito.