Internacional
Rússia diz ter tomado mais uma localidade ucraniana
Moscou diz ter “libertado por completo” povoado na região de Donetsk, leste da Ucrânia, a noroeste de Avdiivka, que caiu em fevereiro
O Exército russo reivindicou neste domingo (05/05) a tomada de outra cidade no leste da Ucrânia, onde as tropas de Moscou estão na ofensiva e fizeram vários avanços nos últimos meses.
O Ministério da Defesa russo disse em um comunicado que seus soldados “libertaram completamente” o vilarejo de Ocheretyne, na região de Donetsk e a cerca de 15 quilômetros a noroeste da cidade de Avdiivka, que caiu para os russos em fevereiro. Ocheretyne tinha cerca de 3 mil habitantes antes da guerra.
No mês passado, os militares russos anunciaram a tomada do povoado de Bogdanivka, localizado a menos de três quilômetros do reduto estratégico de Chasiv Yar, um importante cruzamento na região ucraniana de Donetsk.
Moscou na ofensiva
A Rússia tem estado na ofensiva desde o fracasso da grande contraofensiva da Ucrânia em meados de 2023, beneficiando-se do desgaste do Exército de Kiev, que está tendo dificuldades para recrutar novos soldados para repelir a invasão que começou em fevereiro de 2022.
A retomada da ajuda militar dos EUA, após a aprovação no final de abril de um pacote de 61 bilhões de dólares para Kiev, deve permitir que a Ucrânia consolide suas forças e tente estabilizar a linha de frente, especialmente no leste.
As dificuldades de Kiev são agravadas pela falta de defesas antiaéreas, o que permitiu que os russos bombardeassem infraestruturas essenciais, principalmente a rede elétrica e as linhas ferroviárias.
O comandante-chefe do Exército ucraniano, Oleksander Sirski, admitiu recentemente que a situação na linha de frente havia “se deteriorado”. Na semana passada ele informou que Kiev estava se retirando três vilarejos na região de Donetsk e construindo uma nova linha de fortificações.
Nos últimos meses, Kiev tem tido dificuldades em meio a atrasos nos envios de armas pelo Ocidente e espera que a chegada de novos carregamentos dos EUA ajudarão a estabilizar as linhas de frente.