Saúde
Saúde realiza ações educativas sobre o Dia Mundial de Combate ao Tabagismo
A Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com o Comitê de Combate ao Tabagismo da Associação Médica da Paraíba, promoveu, nessa terça (21) e quarta-feira (22), palestras alusivas ao Dia Mundial de Combate ao Tabagismo, que transcorre no dia 31 deste mês. As ações aconteceram em escolas das redes estadual, municipal e particular, visando conscientizar os jovens, principalmente estudantes do ensino médio, sobre os malefícios causados pelos cigarros eletrônicos e a legislação vigente que proíbe o uso e a comercialização dos produtos no estado.
Esse ano, o tema da Organização Mundial da Saúde para o Dia Mundial Sem Tabaco é “Proteção das crianças contra a interferência da indústria do tabaco, com foco no alerta sobre os cigarros eletrônicos e outros dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs)”. Além de reforçar a prevenção quanto ao uso dos cigarros tradicionais e eletrônicos, as ações nas escolas também tiveram a parceria com a Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), que aprofundou o conhecimento sobre as leis que proíbem a comercialização dos produtos em todo o território estadual e nacional.
Segundo a coordenadora do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da SES, Gerlane Carvalho, durante todo o ano são realizadas ações e trabalho junto aos municípios para ofertarem o tratamento e intensifiquem a prevenção em seus territórios. “Nós temos três datas importantes, o dia 15 de março, o qual é a data mundial contra o tabaco, esse mês de maio o dia 31, que é o dia mundial, e o dia 29 de agosto, sendo a data nacional. Por isso, ao longo do ano, vamos trabalhando com os gestores ações que potencializem o combate, mas, principalmente, a prevenção ao tabagismo. Então, são atividades como palestras nas escolas, campanhas em shoppings, sempre repassando orientações sobre onde buscar o tratamento”, explicou.
A gestora enfatizou ainda que o principal alvo dessas campanhas é o público jovem por ser o grupo que mais faz uso dos cigarros eletrônicos, famosos “vapes”. “A princípio, a indústria do tabaco colocou o cigarro eletrônico como um produto inofensivo, mas, na prática, foi identificado que não é, ele faz tanto mal quanto os cigarros tradicionais. Esses produtos são mais atrativos porque são mais modernos, mais chamativos, com sabores diferentes, porém, precisamos alertar aos jovens que esses dispositivos causam dependência e doenças graves”, reiterou.
Segundo os dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), 18,3% dos jovens na faixa etária de 13 a 17 anos já fumaram cigarro pelo menos uma vez na Paraíba. Entre o perfil de adolescentes, o percentual de meninas (18,4%) é maior que o de meninos (18,2%). A maioria dos fumantes é estudante da rede estadual (19,5%), enquanto 12,5% estão matriculados na rede privada.
A pneumologista Gerlânia Simplício reforçou os prejuízos causados pelos cigarros eletrônicos. “Os cigarros eletrônicos contêm as mesmas substâncias que o cigarro comum. Sabemos que, a curto prazo, eles causam doenças graves tanto no pulmão quanto no coração, como pneumonias, doença pulmonar obstrutiva crônica, enfisema e também o câncer de pulmão. Quando uma pessoa utiliza o cigarro eletrônico, ela pode estar utilizando uma quantidade de nicotina bem superior que a dos cigarros comuns, por isso não é indicado que esses produtos sejam utilizados visando parar de fumar”, frisou.