ECONOMIA
Câmbio: Dólar fecha em alta, refletindo payroll e falas de Haddad
O cenário gerou desconforto entre os investidores, pressionando ainda mais a moeda brasileira
O dólar fechou em alta de 1,43% nesta sexta-feira (7), cotado a R$ 5,32 — maior valor desde 5 de janeiro de 2023.
A moeda começou a subir após a divulgação do payroll, no início da manhã, e o movimento ganhou ainda mais força após as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a medida provisória (MP) do PIS/Cofins.
Perspectivas para a política monetária dos EUA
No payroll, foram criadas 272 mil vagas em maio, acima das 220 mil previstas. Este resultado sugere que o Federal Reserve (Fed) terá menos espaço para reduzir os juros neste ano.
As taxas dos títulos do Tesouro americano, os Treasuries, também subiram. O retorno dos títulos de 2 anos atingiu 4,88%.
Influência das declarações do ministro da Fazenda
Além dos dados americanos, declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, contribuíram para a pressão sobre o real. Haddad afirmou que o governo insistirá na Medida Provisória do PIS/Cofins, mesmo diante da resistência no Congresso. Ele também minimizou os efeitos econômicos de um possível contingenciamento. Este cenário gerou desconforto entre os investidores, pressionando ainda mais a moeda brasileira.
Comparação do real com outras moedas emergentes
Apesar da alta do dólar, o real teve um desempenho melhor que outras moedas emergentes, como o peso mexicano, que caiu mais de 2,5% em relação ao dólar. O real acumulou uma valorização de 5,08% desde a cotação mais baixa de maio (R$ 5,0673), apesar das quedas recentes.