Judiciário
Juíza decreta sigilo em inquérito sobre cadeirada em Pablo Marçal
Decisão atende a pedido de delegado
O inquérito policial instaurado para apurar a cadeirada desferida pelo candidato à Prefeitura de São Paulo José Luiz Datena (PSDB) em seu concorrente Pablo Marçal (PRTB) tramitará em sigilo. A determinação partiu da juíza Carla Santos Balestreri, do Foro Central Criminal de São Paulo, de acordo com informações divulgadas pela revista Veja.
A decisão da magistrada atendeu a um pedido feito pelo delegado Rodrigo Castro Salgado da Costa, na última segunda-feira (23).
O inquérito em questão foi aberto no último dia 16, um dia após a agressão ocorrida no debate organizado pela TV Cultura. Na ocasião, Marçal disse a Datena que ele não era homem e relembrou uma denúncia de assédio contra o jornalista.
O ex-apresentador do Brasil Urgente reagiu com a agressão física, que feriu a mão e uma costela do empresário. O delegado Fábio Hayayuki Matsuo, do 78° Distrito Policial, no Jardins, pediu que o Hospital Albert Einstein, que atendeu Marçal, apresente uma cópia do prontuário do paciente.
Essa não foi a única agressão física ocorrida em um debate com os candidatos à prefeitura paulistana neste pleito. Durante o debate promovido pelo Flow News, na última segunda, o produtor de Pablo Marçal, Nahuel Medina, atingiu Duda Lima, assessor do atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), com um soco. Lima sofreu um corte no supercílio e teve que levar pontos no hospital. Medina, por sua vez, afirma que agiu em legítima defesa.
– A gente estava no debate, ele começou a xingar o Pablo, xingar tudo ali, tentar passar código para o Ricardo Nunes. Eu fui começar a filmar para mostrar isso, mostrar como eles agem pelas costas, esses marqueteiros, como eles criam toda essa narrativa e manipulam tudo. Aí, eu filmei e eu falei: “Olha só como agem os marqueteiros”. Na hora, ele olhou e foi com toda a força em mim, enfiou a mão dentro da minha camisa, jogou para baixo. Dá para ver, meu peito está todo vermelho. Jogou para baixo o celular. Aí, naquele momento, eu só me defendi instintivamente. Foi aquilo que aconteceu – disse.