Internacional
ONU diz que 40% dos conflitos internos são associados a exploração de recursos naturais
Em 2001, Assembleia Geral dedicou resolução a dia internacional para promover combate ao problema; confrontos por interesse e controle de reservas de ouro, petróleo, diamantes e madeira têm dobro de chance de ressurgirem após acordo de paz
Este 6 de novembro é o Dia Internacional para Prevenção da Exploração do Meio Ambiente em Guerra e Conflito Armados. A data foi criada pela Assembleia Geral há 23 anos para chamar a atenção para os ataques ao meio ambiente e seus recursos como uma arma de guerra.
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, conflitos e guerras poluem fontes de água, queimam plantações, cortam florestas, contaminam os solos, além de matar animais para ganhar vantagem militar nos combates.
Prevenção e estratégia são fundamentais
A agência da ONU informa que nos últimos 60 anos, pelo menos 40% de todos os conflitos internos estão associados à exploração de recursos naturais de grande valor como diamantes, madeira, petróleo, ouro assim como água e áreas férteis.
Segundo o Pnuma, conflitos que envolvem recursos naturais têm até duas vezes mais chance de ressurgir. Ações para prevenção, estratégias de construção e manutenção da paz são fundamentais.
Poços de petróleo incendiados por membros do Isil enquanto se retiravam, em Qayyara, no Iraque. (arquivo)
Paz duradoura depende de ecossistemas saudáveis e manejo de recursos
Quando os recursos naturais que sustêm a existência e os ecossistemas de comunidades inteiras são destruídos, o mundo fica sem a possibilidade de uma paz duradoura.
Em 2016, a Assembleia Geral aprovou uma outra resolução para reconhecer o papel de ecossistemas saudáveis e de recursos manejados de forma sustentável para a implementação da Agenda 2030 e da sustentabilidade.
Desde então, a ONU e a União Europeia estabeleceram uma Parceria sobre Conflitos de Terra e Recursos Naturais, que conta com a cooperação de seis agências e departamentos da ONU incluindo o Pnuma, o ONU-Habitat e o Departamento de Assuntos Socioeconômicos da ONU, Desa.