Internacional
Videogame argentino para matar fetos, padres e mulheres pró-vida
Obra de ativista pró-aborto modifica o game “Doom”, carnificina virtual que fez estrondoso sucesso nos anos 1990
Videogame argentino para matar fetos, padres e mulheres pró-vida: esta é uma das “iniciativas” com que o ativismo pró-aborto no país vem divulgando desde 2018 a mensagem de que exterminar bebês em gestação é pouco mais que uma brincadeira.
Trata-se de uma modificação do game “Doom”, uma carnificina virtual que fez estrondoso sucesso na década de 1990 e na qual o jogador precisa matar inimigos disparando tiros desesperadamente.
É necessário observar, por um lado, que o jogo original já foi acusado, na época do seu auge, de banalizar a vida de modo escancarado, porque, embora os personagens-alvo fossem monstros, a dinâmica do jogo como tal simulava assassinatos em massa com alto nível de realismo. O game também chegou a ser associado com o tragicamente célebre massacre de Columbine, porque os dois estudantes que invadiram o colégio disparando contra colegas e professores eram assíduos jogadores de “Doom”. As controvérsias quanto ao impacto psicológico do jogo eram tais que o então senador pelo Estado norte-americano de Washington, Phil Talmadge, propôs o cadastramento compulsório dos usuários de jogos de realidade virtual, mas esta iniciativa não foi adiante.
Não se pode considerar surpreendente que alguém tenha tido a ideia de lançar uma versão do jogo focada em exterminar bebês no útero materno, dada a narrativa de que “fetos não são gente” (como se viessem a virar gente num passe de mágica a partir de uma data aleatória, estabelecida pelos parlamentares de cada país com base em critérios elásticos e variáveis conforme o país, a época, o partido etc.) É pouco razoável acreditar que a facilidade com que se descarta um bebê em gestação não tenha nenhuma relação com uma cultura em que a o valor da vida não apenas depende dos pontos de vista de cada um, como a própria vida pode ser tranquilamente exterminada como meio para “solucionar problemas” – ou como “entretenimento” mesmo.
Particularmente incoerente, por outro lado, é que os defensores do livre extermínio de bebês na vida real aleguem fazê-lo em defesa da vida das mulheres, sejam quais forem as circunstâncias da gestação e seja qual for o motivo apresentado para “interrompê-la”. Igualmente incoerente é que, em paralelo, esses mesmos ativistas também costumem protestar com ênfase contra o extermínio de outros seres humanos com base em critérios de minoria, como se o valor da vida fosse variável de acordo com circunstâncias sócio-econômicas, de cor da pele, de origem étnica, de sexo biológico ou de orientação sexual. A idade, a julgar pela promoção acelerada de aborto em qualquer contexto e de eutanásia independentemente de doenças, já foi expurgada do catálogo de critérios para estimar a cotação de uma vida humana.
Videogame argentino para matar fetos
É por isso, talvez, que as vidas adultas identificadas como empecilho ideológico também podem ser descartadas estrategicamente sem maiores escrúpulos éticos. De fato, na versão de “Doom” modificada pelo ativismo pró-aborto, o jogador precisa matar mulheres pró-vida e padres católicos para conseguir chegar até o feto. Além de fim em si mesmo, o extermínio de vidas também é apresentado como meio autojustificável.
Assim que o jogador mata o nascituro, o jogo modificado exibe a mensagem “Você matou o ‘fetito’! Agora dê este medicamento abortivo [e faz propaganda de uma marca em particular] a quem também precisa derrotá-lo!”
Já seria trágico se fosse apenas um jogo virtual.
Aleteia