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Bolsonaro candidato em 2026? O PL e o CENTRÃO têm um plano para reabilitá-lo
O Congresso Nacional está fervilhando com uma proposta que pode mudar o jogo político no Brasil. Deputados do Partido Liberal (PL), com o apoio do Centrão, estão manobrando para alterar a Lei da Ficha Limpa e, assim, pavimentar o caminho para que o ex-presidente Jair Bolsonaro concorra nas eleições de 2026. Atualmente, Bolsonaro está inelegível até 2030, após condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022.
A proposta, capitaneada pelo deputado federal Bibo Nunes (PL-RS), visa reduzir o período de inelegibilidade de oito para dois anos em casos de condenação por abuso de poder em campanhas eleitorais. Se essa mudança passar, Bolsonaro poderia voltar ao páreo antes do previsto.
Recentemente, líderes do PL se reuniram com Bolsonaro em Brasília para traçar estratégias e angariar apoio dos futuros presidentes da Câmara e do Senado, visando acelerar a tramitação do projeto. O texto já está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, sob a relatoria do deputado Filipe Barros (PL-PR). O objetivo é aprovar a nova regra a tempo de vigorar nas eleições de 2026, respeitando a exigência legal de que mudanças no sistema eleitoral sejam sancionadas pelo menos um ano antes do pleito.
O Centrão também está de olho nessa jogada, já que a flexibilização das restrições da Lei da Ficha Limpa pode beneficiar outros políticos que enfrentam processos semelhantes. Se essa mudança for adiante, o cenário político-eleitoral do Brasil pode ser redesenhado, permitindo que candidatos anteriormente barrados pela Justiça Eleitoral voltem à disputa. O tema promete acalorados debates no Congresso Nacional.
A Lei da Ficha Limpa, sancionada em 2010, foi criada para fortalecer a moralidade na política e impedir que políticos condenados participem de eleições. Alterá-la é um movimento que pode ter desdobramentos profundos, exigindo uma ampla discussão sobre os impactos dessa flexibilização na democracia brasileira.
Enquanto isso, o Partido dos Trabalhadores (PT) no Senado já se movimenta para barrar essa mudança que pode beneficiar Bolsonaro. A votação estava marcada para setembro de 2024, mas, diante da falta de consenso sobre o tema, foi adiado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Em meio a esse cenário, a recente vitória de Donald Trump nos Estados Unidos deu novo fôlego à direita no Brasil, alimentando esperanças de um possível retorno de Bolsonaro ao poder, apesar dos obstáculos legais e das perseguições para sua candidatura em 2026.
O desenrolar dessa história promete ser um divisor de águas na política brasileira. Resta saber se o Congresso seguirá adiante com as mudanças propostas ou se a Lei da Ficha Limpa permanecerá intacta, mantendo políticos condenados fora das disputas eleitorais.