Internacional
Alemanha quer proibir entrada no país de quem vem do Brasil
Ministro confirma intenção de proibir ingresso de viajantes oriundos de países com forte presença de variantes mais transmissíveis do coronavírus. Reino Unido, Portugal e África do Sul também estão na lista
O ministro do Interior da Alemanha, Horst Seehofer, confirmou nesta quinta-feira (28/01) a intenção do governo do país de proibir a entrada de pessoas oriundas do Brasil, além de outros países com forte presença de variantes mais transmissíveis do novo coronavírus.
Uma decisão deverá ser tomada até esta sexta-feira. Além do Brasil, deverão ser proibidos de ingressar na Alemanha os viajantes provenientes do Reino Unido, de Portugal e da África do Sul, pelos planos do governo alemão.
“Neste momento estamos em fase de coordenação entre os ministérios a fim de proibir a entrada desses países, ou seja, de regiões com presença de mutações [que tornam variantes do coronavírus mais transmissíveis]”, disse Seehofer, antes de uma reunião informal de ministros do Interior da União Europeia (UE), que é realizada em formato virtual.
Ele não descartou que nas próximas semanas outros países sejam acrescentados à lista e disse que deverá haver exceções, por exemplo para cidadãos alemães e pessoas que trabalham no transporte de cargas.
O objetivo, destacou, é impedir a disseminação na Alemanha de variantes altamente infecciosas do novo coronavírus. Uma cepa preocupante do coronavírus foi identificada neste mês em pessoas que estiveram no estado do Amazonas e tem sido associada à alta de casos de covid-19 em Manaus.
Na terça-feira, Seehofer já havia dito ao jornal Bild que o governo alemão pretende reduzir os voos internacionais “a quase zero” e restringir ao máximo as viagens não essenciais ao país. “O perigo derivado de múltiplas mutações nos obriga a considerar medidas drásticas”, justificou.
Nesta quarta-feira, o governo de Portugal anunciou que decidiu suspender os voos entre o país e o Brasil, a partir de 0h de sexta-feira, devido à evolução da pandemia nos dois países e à detecção de novas variantes do coronavírus. A medida deve durar pelo menos duas semanas.