Internacional
Protestos anti-reconfinamento na Europa; “Clima de revolta civil” iminente
Desde o fim de semana passado (23/01), centenas de milhares de manifestantes anti-confinamento (entre outros) intensificaram protestos em vários países europeus, principalmente na Espanha, mas também na França, Dinamarca, Inglaterra, Holanda, Alemanha, República Tcheca e Itália, onde confrontos violentos entre manifestantes e forças de ordem aconteceram com grande intensidade, e, depredações seguidas de saques foram efetuadas por diversos grupos de vândalos, antifas e imigrantes ilegais que se aproveitaram das confusões generalizadas.
O clima por toda a Europa é de desconfiança total em todos os aspectos, existindo desde; os inconformados com medidas considerandas incompetentes e inúteis, denunciadores de corrupções generalizadas na gestão da crise, e, até uma grande maioria de negacionistas que afirmam que a epidemia é falsa e foi criada para beneficiar sistemas políticos/comerciais ligados à potências estrangeiras.
Para piorar a situação de desconfiança total da sociedade civil, ainda existem as informações recentemente divulgadas pelos próprios governos europeus das possibilidades de; vacinação obrigatória, obrigatoriedade de um “passaporte sanitário” para as atividades profissionais e sociais, sanções pesadas para quem não optar pela vacinação (mesmo sem existir ainda a obrigatoriedade), entre outras…
Uma informação que causou revolta por toda a Alemanha e Europa foi a divulgação na imprensa da Alemanha da preparação de centros de detenção para quarentenas forçadas de pessoas que se recusem a obedecer as regras de confinamento e/ou recusem a vacinação. Apesar da informação carecer de maiores detalhes e fontes oficiais, o receio de tal ação é justificado, devido aos inúmeros projetos de leis em andamento em todos os governos europeus para endurecer as regras dos confinamentos e punições aos desobedientes.
Difícil saber quem tem razão em todas essas situações, já que a maioria das grandes mídias são declaradamente pró-governos e apenas a internet em algumas plataformas independentes ainda permitem um debate mais aberto da situação.
Independente de ideologias políticas e das teorias que defendem, a grande parte da sociedade civil européia é unânime em afirmar que novos confinamentos apenas vão agravar ainda mais a crise econômica e social que abrange grande parte da Europa Ocidental, e que já está causando mais danos que a epidemia do Covid em si.
Autoridades da Holanda temem uma revolta civil
Protestos violêntos foram observados por todo o país, em particular em Amsterdã, Eindhoven, Haia, Breda, Arnhem, Tilburg, Enschede, Appeldoorn, Venlo e Ruremond desde o anúncio do toque de recolher, implementado no país desde sábado (23/01), o primeiro toque de recolher nacional desde a Segunda Guerra Mundial, que está impondo o confinamento da população entre 21h e 4h30, até pelo menos 9 de fevereiro.
Qualquer infrator incorre em multa de € 95. Algumas isenções são possíveis, nomeadamente para quem regressa de um funeral ou para quem tem de trabalhar durante o toque de recolher, desde que apresente um certificado de viagem. O primeiro-ministro Mark Rutte disse na quarta-feira que a decisão de instituir um toque de recolher foi reforçada pela disseminação da variante britânica do coronavírus.
A contenção deu voz imediatamente neste país onde a população nunca teve que justificar seus movimentos desde o início da crise de saúde.
“Acho que se seguirmos esse caminho estaremos caminhando para uma revolta civil” , disse o prefeito de Eindhoven na Holanda , John Jorritsma, no domingo em frente às câmeras de televisão, chamando os manifestantes de “mentirosos da sociedade” e sugerindo a necessidade de intervenção militar.
Pelo menos 100 pessoas foram presas durante os protestos, disse a prefeitura de Amsterdã em comunicado no domingo. De acordo com a televisão local AT5, a segurança foi reforçada em torno da residência oficial do prefeito de Amsterdã, Femke Halsema, a área foi isolada por um cordão policial.
Em Haia, no distrito de Schilderswijk, foram registrados vários incêndios criminosos e um policial foi filmado fugindo de um grupo de arruaceiros, segundo a televisão pública NOS. Em Eindhoven, no sul do país, a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar uma multidão de várias centenas de pessoas, segundo a televisão regional Omroep Brabant.
Um centro de testes Covid-19 também foi incendiado na noite de sábado na vila de Urk, no norte do país, quando o toque de recolher nacional imposto pelo governo entrou em vigor, informaram as autoridades locais. “O incêndio em um centro de triagem em Urk vai além de todos os limites”, disse o ministro da Saúde, Hugo de Jonge, no domingo.
Governo da França teme uma revolta pior que da Holanda
O governo francês quer reconfinar o país por pelo menos uma semana e está adiando a decisão desde a semana passada. A informação, revelada pelo jornal JDD (entre outros) há três dias, provém de uma fonte confiável, muito próxima da assessoria do governo. De acordo com o governo, considera-se que a situação está se deteriorando. A incidência de contaminação está passando por um aumento espetacular (2.000 novos pacientes hospitalares nas últimas 24 horas e mais de 300 mortes). Todos os especialistas concordam em um ponto: sem confinamento, a situação corre o risco de piorar, especialmente porque a variante inglesa teoricamente circula livremente no país.