Segurança Pública
Moradores da zona rural estão em pânico com o aumento da onda de violência, roubos, furtos e outros crimes
Na última quarta-feira (4), moradores do assentamento Águas Turvas, em Santa Rita, foram surpreendidos com um incêndio criminoso num veículo que havia sido tomado de assalto e com o furto de uma moto na localidade. Há uma semana, o produtor canavieiro Pedro Neto, que é vice-presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), teve um de seus funcionários ferido por arma de fogo numa tentativa de assalto, em Pedras de Fogo. Essa onda de violência está deixando os produtores e moradores da zona rural em pânico. “A extinção da patrulha rural, da polícia comunitária e a falta de policiamento deixam à população à mercê da bandidagem, aterroriza quem mora no campo e também quem precisa trabalhar nas fazendas. Estamos de mãos e pés amarrados e assustados com tanta violência”, argumenta o diretor técnico da Asplan, Neto Siqueira.
O produtor canavieiro Pedro Neto reforça os argumentos do diretor da Asplan e enaltece que essas ocorrências estão cada vez mais frequentes e ocorrendo em várias localidades rurais do Estado. “É preciso que as forças de segurança pública olhem com mais atenção essa questão do aumento da violência no campo, pois a gente não aguenta mais tanta insegurança. É preciso que algo seja feito para barrar esses crimes no campo”, reitera o produtor.
O presidente da Asplan, José Inácio de Morais, lembra que as ocorrências de assaltos, roubos, furtos e até sequestros tem aumentado, especialmente, na região de Alhandra, Pedras de Fogos e em áreas próximas e adjacentes da Bacia do Rio Gramame, além de Santa Rita e Mamanguape. “Não há um policiamento regular, não são realizadas rondas frequentes e o aparato da segurança pública nestas regiões quase inexiste e ai os bandidos fazem a festa porque sabem que a maioria dos produtores e moradores da zona rural não têm condições de arcar com segurança privada”, diz o dirigente canavieiro.