Foi destaque no início da semana a notícia de que a Microsoft está em negociações com a Bytedance, conglomerado que possui diversos apps de mídia, para adquirir a operação do app de vídeos Tiktokdentro
de países que falam a língua inglesa, como Canadá, Austrália e Nova
Zelândia. Acontece que, enquanto esse acordo ainda está em fase inicial
de discussões, a possibilidade já levantou diversas críticas dentro do
território chinês.
De acordo com reportagem do The Wall Street Journal, a tática utilizada no momento — condicionar uma possível permanência do app nos EUA à sua compra por uma empresa americana — seria uma prova de que os EUA vêem qualquer empresa chinesa de tecnologia com sucesso internacional como um desafio à sua primazia tecnológica, independentemente do produto ou como ele administra seus negócios.
Essa impressão, como não poderia deixar de ser, também foi reforçada pelo posicionamento que o país adotou para com a Huawei, fabricante de smartphones e equipamentos de telecomunicação, que está com os dias contatos para atuar dentro do país e que já encontra resistência em outras nações para a formalização de novos negócios, como a venda de equipamentos para o 5G.
E o caso envolvendo o app de vídeos escalou na última semana, quando o presidente Donald Trump anunciou, na sexta (31), a intenção de assinar um decreto já no sábado para impedir o funcionamento do serviço no país, ação que só não foi tomada por conta da proposta da Microsoft.
Prós e contras
Segundo o WSJ, esse ato está causando uma reação bastante crítica dentro da China. O jornal Global Timesclassificou a situação como “a caça e saques do TikTok pelo governo dos EUA em conjunto com empresas de alta tecnologia dos EUA”.
É importante lembrar que a China possui um sistema bem restritivo de acesso de estrangeiros dentro do seu mercado. Mas o que deve estar causando a principal “dor” dentro do país é que o app de vídeos é o primeiro grande sucesso da empresa vindo originalmente da cultura chinesa, onde o uso de vídeos como interação social é bem constante.
Até por isso, há uma crítica bem forte por Zhang Yiming, CEO e Fundador da Bytedance, por considerar a venda de parte do TikTok para uma empresa estrangeira. “Espero que todos possam manter um bom moral em meio à comoção e aos desafios”, escreveu Zhang, dizendo que o desejo da Bytedance de se tornar uma empresa global não mudou. “Confie que a empresa pode tomar boas decisões em situações complexas.” Materiais para Download5 coisas que você precisa saber sobre Sistemas de VideoconferênciaYEALINKGestão do Portfólio de TI: obtenha respostas instantâneas para acelerar a inovação digitalSOFTWARE AGEscale o Agile com confiançaSOFTWARE AGComo as 3 principais organizações tomaram o caminho rápido para a nuvemVMWARE AWS
Além de considerar essa negociação, a empresa está tomando outras medidas para se distanciar do governo chinês, como mudar a sede da empresa para outro país. Sem falar do trabalho técnico que seria empregado para separar a estrutura do TikTok como do app Doujin, o equivalente da empresa dentro da China.
Mas a saída da empresa nos EUA seria crítica para o TikTok, pelo fato de ele ser um mercado com grande potencial de rentabilizar via anúncios. A Bytedance possui investidores como o SoftBank Group Corp, General Atlantic, Sequoia Capital e Tiger Global Management,que provavelmente preferiram uma opção alternativa que não a exclusão do serviço em uma região.
