Internacional
Governo indiano resolve impasse com Missionárias da Caridade
Dez dias depois de bloquear a renovação de uma licença que permite que as Missionárias da Caridade recebam doações do exterior, o governo indiano suspendeu a proibição sem qualquer explicação
As Missionárias da Caridade, congregação fundada por Madre Teresa de Calcutá, já podem voltar a receber doações do exterior! Após dez dias de negociações, o governo indiano suspendeu a proibição da entrada de dinheiro oriundo de outros países – recurso fundamental para manter as obras de caridade das das religiosas na Índia.
O Ministério do Interior indiano não especificou o motivo da repentina mudança de atitude. Anteriormente, havia indicado que as Missionárias da Caridade não atendiam mais aos requisitos de elegibilidade, sem fornecer mais detalhes. O site do ministério apenas menciona que a aprovação da instituição para receber doações estrangeiras foi renovada e permanece válida pelos próximos cinco anos.
Alívio
Sunita Kumar, porta-voz das Missionárias da Caridade, disse que ficou aliviada com a decisão, mas que ainda não sabe o que motivou a rejeição inicial ou a renovação. “Nunca esperávamos que nosso registro pudesse ser cancelado, mas aconteceu”, disse Kumar recentemente ao UCA News. “Estamos felizes que a restauração de nossa licença aconteceu sem muito atraso”, concluiu.
A decisão inicial do MHA teve sérias implicações para as Missionários da Caridade. A organização, que administra abrigos em todo o país, conta com financiamento estrangeiro da ordem de US $ 750 milhões. O Vatican Newsrelata que 179 ONGs localizadas na Índia tiveram negada a licença para receber doações de outros países.
Contenção de despesas
Após a proibição do governo, temia-se que as Missionárias da Caridade não pudessem mais financiar grande parte de seu trabalho. A medida imediatamente fez com que as comunidades congelassem seus gastos até que o governo indiano mudasse de ideia.
Algumas instituições decidiram, no início deste ano, racionar alimentos para aqueles que as procurassem. Nos últimos dias, muitos observadores viram esta decisão como um novo sintoma do assédio político dos nacionalistas hindus contra os cristãos.