Segurança Pública
Força Aérea contrata estrangeiros para cargos no exterior: brasileiros não têm preferência
Descubra como as Adidâncias Aeronáuticas promovem a cooperação e o intercâmbio de informações entre as forças aéreas internacionais, fortalecendo a diplomacia militar e a defesa nacional

As Adidâncias Aeronáuticas da Força Aérea brasileira são parte das Adidâncias Militares que representam o Brasil junto às Forças Armadas de outros países. Essas adidâncias têm como missão promover a cooperação e o intercâmbio de informações entre as forças aéreas dos países envolvidos. Num mundo cada vez mais interconectado, as Adidâncias Aeronáuticas se destacam como peças-chave na engrenagem da diplomacia militar e da defesa internacional.
Funcionando como verdadeiras embaixadas aéreas, essas representações oficiais da Força Aérea desempenham um papel crucial na promoção da cooperação, no intercâmbio de conhecimentos e na proteção dos interesses estratégicos nacionais.
Longe de serem meros postos de observação, as Adidâncias Aeronáuticas são centros nevrálgicos de interação.
Seus membros, geralmente oficiais de alta patente da Força Aérea brasileira, atuam como pontes entre as nações, facilitando o diálogo e a colaboração em áreas cruciais como treinamento, operações conjuntas, pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias.
Além disso, são responsáveis por fornecer informações e análises sobre o cenário militar e de segurança do país anfitrião, alimentando a tomada de decisões estratégicas em seus países de origem.
Diplomacia militar e cooperação
A atuação das adidâncias vai além das questões estritamente militares. Elas também desempenham um papel importante na promoção da imagem da Força Aérea no exterior, participando de eventos, divulgando informações e cultivando relacionamentos com a mídia local.
Essa diplomacia militar contribui para fortalecer a reputação do país e para construir laços de amizade e cooperação com outras nações.
Como a Força Aérea estrutura e organização suas adidâncias
As Adidâncias Aeronáuticas são geralmente lideradas por um oficial superior da Força Aérea, conhecido como Adido Aeronáutico.
Esse oficial é responsável por supervisionar as atividades da adidância e garantir que as funções sejam executadas de acordo com as políticas do governo brasileiro.
Funções das adidâncias aeronáuticas
As Adidâncias Aeronáuticas desempenham diversas funções importantes para a Força Aérea. Atuam como representantes da Força Aérea Brasileira (FAB) em países estrangeiros, promovendo a imagem e os interesses do Brasil.
Ademais da vocação essencialmente diplomática, as Adidâncias facilitam a cooperação militar entre o Brasil e outros países, incluindo
intercâmbios de tecnologia,
treinamentos,
operações conjuntas, e
coleta e compartilhamento de informações sobre desenvolvimentos aeronáuticos, tecnologias e políticas de defesa.
No tocante à assessoria técnica, as adidâncias também disponibilizam essa área de conhecimento voltada aos assuntos aeronáuticos para as missões diplomáticas brasileiras.
Brasileiros não são necessariamente os preferidos
É aqui que chegamos à Portaria GABAER nº 919/GC1, de 21/02/2025, da Força Aérea. Essa portaria dispõe sobre a contratação de Auxiliares Locais nas representações do Comando da Aeronáutica sediadas no exterior.
A portaria delega competência aos Chefes de Representações de contratar Auxiliares Locais e atribuir os valores da remuneração mensal dos contratados.
O Decreto nº 11.011 de 28 de março de 2022 define os “Auxiliares locais” como o brasileiro ou o estrangeiro contratado localmente, por prazo determinado, para prestar serviços ou desempenhar atividades de apoio que exijam familiaridade com as condições de vida, os usos e os costumes do país onde esteja sediado o órgão de representação do Ministério da Defesa ou das Forças Armadas brasileiras no exterior.
Para a ocupação do cargo de auxiliares local nas adidâncias da Força Aérea nem a Portaria nem o Decreto estabelecem qualquer tipo de preferência ou precedência em relação aos cidadãos brasileiros.